25 casos de feminicídio até a 1ª semana de agosto em 2018 já foram registrados no Maranhão

Representantes da rede de proteção à mulher vítima de violência debatem questões de enfrentamento ao feminicídio em São Luís

Em 2016 foram registrados 47 casos de feminicídios no Maranhão. Em 2017, o número subiu para 50 e até 1ª semans de agosto de 2018 foram contabilizados 25 casos. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública e também apontam que, na maioria vezes, o autor do crime é o companheiro ou o ex-companheiro da mulher.

Pela semana de comemorações aos 12 anos da Lei Maria da Penha, representantes da rede de proteção à mulher vítima de violência estão debatendo o funcionamento da assistência social, psicológica, jurídica e à saúde. Esses pontos são considerados falhos entre o acolhimento às vítimas e o monitoramento do agressor.

“Existem descompassos que precisam ser vistos, que precisam ser monitorados e continuamente revisados para que essa mulher que precisa do atendimento seja acompanha de fato e, principalmente, de direito”, afirmou Lúcia Gato, presidente do Conselho Estadual da Mulher.

Casos

Em junho de 2017, no bairro do Coroadinho, Andreia Teixeira foi assassinada a golpes de facão por Ivar de Matos, com quem conviveu por mais de 12 anos. Ele cometeu o crime porque não aceitava o fim do relacionamento. Desde então a vida da mãe de Andreia, Ana paula, tem sido de dor.

“É como se tivesse tudo picadinho. A gente não vive. A gente sorri, continua a vida, mas só Jesus mesmo para dar essa força”, contou Ana Paula, que é servidora pública.

Andreia foi morta pelo ex-marido a golpes de facão em São Luís

Em abril deste ano Ivar foi condenado a 20 anos de reclusão em regime fechado, mas Ana Paula diz que isso não repara a dor que sente.

“20 anos não vai trazer a vida da minha filha de volta, mas pelo menos eu sei que ele está preso”, contou.

Como denunciar

Casos de violência contra a mulher podem ser denunciados a qualquer hora do dia na Casa da Mulher Brasileira, localizado no bairro Jaracati, em São Luís.

“É registrado a ocorrência, ela pede a medida protetiva de urgência que já é encaminhada imediatamente para a justiça. Se essa mulher estiver em uma situação de risco, ela vai ter essa proteção estatal com a decisão judicial de medida protetiva de urgência, que na maioria dos casos proíbe a aproximação do agressor da vítima. Ele descumprindo essa medida a justiça decreta a prisão preventiva do agressor”, afirmou Wanda Moura, delegada da mulher.

Fonte: G1MA

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