Morte de peixes no litoral de São Luís preocupa especialistas

Mero de 1 metro de comprimento é achado morto na praia de São Marcos, em São Luís — Foto: Reprodução/ TV Mirante A morte de várias espécies de peixes no litoral de São Luís tem preocupado especialistas. Biólogos acreditam que a reprodução de algumas espécies em águas rasas do litoral pode ser uma possível causa da morte de peixes encontrados na areia da praia.Vários tipos de peixes foram encontrados mortos na Praia de São Marcos, em São Luís, nos últimos dias — Foto: Reprodução/ TV Mirante

Na última semana, grandes e pequenas espécies de peixes apareceram mortos na areia da praia de São Marcos. O que mais chamou atenção foi um mero de um metro de comprimento, que está com risco de extinção. Na fase adulta, esse animal pode medir até 2.5 metros e pesar 350 kg.

“Um mero é difícil da gente encontrar. Na beira da praia as pessoas ficam curiosas. Eu sabia que existia um mero, mas pessoalmente nunca tinha visto”, afirmou o garçom Josivaldo Viana, que também viu o peixe.

O mero é comum no litoral maranhense, mas a pesca, o consumo e a comercialização é proibida. Caso um peixe desse tipo seja encontrado na areia, pesquisadores da UFMA pedem que as pessoas informem o laboratório de organismos aquáticos. O número: 9 8405-4278.

Apesar desse e de outros casos, o biólogo Jorge Nunes afirma o fenômeno ainda não se trata de uma mortandade de peixes.

“O fato deles terem sido encontrados na praia é uma situação corriqueira das correntes de maré, então a gente costumeiramente encontra vários animais encalhados na praia”, declarou o biólogo.

Porém, especialistas também afirmam que, nos próximos meses, com a mudança de clima, fim do período chuvoso e ventos fortes, há a possibilidade de ocorrerem mais mortes de peixes nas praias e nos manguezais da ilha de São Luís. Um dos motivos é a reprodução ainda maior de algumas espécies encontradas em águas rasas.

“Existe um período onde os cardumes de sardinha vão buscar refúgio e alimentação nas nossas águas. Com uma grande quantidade de animais, eles são seguidos pelos seus predadores naturais. Uma estratégia de fuga desses animais é buscar locais mais rasos. Daí, um aumento descomunal de sardinhas em locais rasos pode causar uma diminuição de oxigênio, o que é um problema muito grave”, afirmou Jorge Nunes.

Fonte: G1MA

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