Vídeo com ataques a nordestinos causa revolta nas redes

Um vídeo que circula pelas redes sociais desde a tarde dessa terça-feira (8), vem causando polêmica devido a comentários xenófobos contra as regiões Norte e Nordeste. Nas imagens, um grupo de homens comemora a vitória do presidente Jair Bolsonaro, que assumiu a presidência em 1º de janeiro. “Ele (Bolsonaro) falou que é o seguinte: agora é faca na caveira. A gente não vai mais suportar esse pessoal do Acre, de Roraima, do Norte”, afirma um dos rapazes.

Outro homem, que veste a camisa do clube de futebol Atlético Mineiro, completa: “Essa galera do Nordeste tem que parar de gastar o dinheiro que o Sudeste produz”. Em seguida o rapaz que começou o vídeo concorda: “Exatamente, a gente tá cansado de produzir e aí vai lá e mula e aí vai lá, não sei o que, não tem água…”, declara. 
A gravação, que dura 30 segundos, foi associada à empresa pernambucana Dragão, fábrica de água sanitária, que atua também nos estados de Alagoas e Ceará. A descrição do vídeo diz que um dos homens que aparece nas imagens seria filho do dono da marca. 
O gerente comercial da Dragão, Evyo Vieira de Melo, neto do já falecido fundador da empresa, Godofredo de Abreu e Lima, falou  sobre o assunto. “Nossa empresa foi fundada há 70 anos pelo nosso avô e lamento profundamente que este vídeo tenha sido atribuído de maneira irresponsável a um membro da nossa família. Não conhecemos este rapaz. Produzimos em vários estados da região e repudiamos estas atitudes”. 
Nas redes sociais, a Dragão esclareceu que não tem ligação com as pessoas do vídeo e repudiou as delcarações xenófobas.
Confira a nota na íntegra
“Vimos esclarecer ao público, bem como aos nossos consumidores o nosso repúdio ao conteúdo veiculado no vídeo e nas mensagens que circulam nas redes sociais envolvendo o nome da marca DRAGÃO, caracterizando portanto #FAKENEWS.
Ressaltamos, contudo, que a DRAGÃO é uma empresa genuinamente NORDESTINA com muito orgulho, tendo fábricas nos estados de PERNAMBUCO, ALAGOAS E CEARÁ atuando há mais de 70 anos no mercado do Norte/Nordeste.
Lembramos ainda que o compartilhamento de #FAKENEWS é crime, previsto em lei.”

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