A 5ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde de Imperatriz deu o prazo de 10 dias para que o titular da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Carlos Eduardo Lula, informe ao órgão informações detalhadas a respeito da morte do idoso Augustinho José Ferreira, 64 anos, por suposta omissão de socorro no Hospital Macrorregional de Imperatriz, ocorrida no último sábado 7. A informação é da assessoria do Ministério Público do Maranhão.
Segundo familiares, o idoso teria falecido após agonizar por mais de 30 minutos dentro de um táxi, na porta da unidade, sem receber qualquer atendimento, apesar dos apelos da família, que afirma ainda que uma equipe médica só resolveu atender o idoso quando ele já estava morto.
A omissão foi registrada em vídeo pelo enteado da vítima. Na gravação, ele acusa o Estado de deixar de prestar socorro, alegando que o hospital não realiza atendimento de urgência e emergência. O caso ganhou grande repercussão na imprensa após a divulgação da filmagem. Por meio das redes sociais, a ex-prefeita de Lago da Pedra e pré-candidata ao Palácio dos Leões, Maura Jorge, culpou o governo Flávio Dino, do PCdoB, pelo ocorrido.
De acordo com o promotor de Justiça Newton de Barros Bello Neto, que cuida das investigações, se constatada a omissão de socorro, o caso pode vir a configurar a prática de atos de improbidade administrativa por parte dos gestores públicos e servidores da unidade de saúde.
Além de Carlos Lula, também devem prestar informações sobre a morte de José Ferreira o diretor do Macrorregional de Imperatriz, no prazo de cinco dias, fornecendo o prontuário completo do paciente.
O mesmo prazo dado a Lula, de 10 dias, também foi concedido ao presidente da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emsher), o procurador do Estado Vanderley Ramos, e ao Instituto Gerir, para que também forneçam informações detalhadas sobre o caso, incluindo a remessa ao Parquet de todos os documentos para elucidação da morte.
Ainda segundo Newton Bello Neto, após o recebimento dos documentos requisitados e a tomada do depoimento da família da vítima, as informações serão repassadas a uma Promotoria de Justiça com atribuição criminal para prosseguimento das investigações nessa esfera.
Por meio das redes sociais, o secretário de Saúde do Maranhão ignorou o luto dos familiares e acusou o genro da família do idoso de haver espalhado fake news. Segundo Lula, o Macrorregional de Imperatriz prestou total assistência médica ao paciente.
Fonte: Atual7