A Polícia Federal (PF) em conjunto com a Secretaria da Previdência deflagrou na manhã desta quinta-feira (22) em São Luís uma operação que tem como intuito combater crimes previdenciários.
Segundo a PF, a investigação começou no ano de 2015 e levou à identificação de um esquema criminoso no qual eram falsificados documentos públicos para fins de concessão dos benefícios de amparo social ao idoso e de pensão por morte. Os titulares eram pessoas fictícias, criadas por meio da internet.
O grupo criminoso atuava desde 2010, contando com a participação de um servidor do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de um estelionatário especializado no cometimento de fraudes previdenciárias e de dois funcionários de uma casa lotérica, responsáveis pela abertura de contas para pagamento dos benefícios irregulares.
A operação, que contou com a participação de 20 policiais federais e um servidor da Inteligência Previdenciária (COINP), cumpriu cinco mandados judiciais, sendo um de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão. Dentre os mandados judiciais consta, ainda, a determinação para que o INSS suspenda o pagamento de 221 benefícios.
O prejuízo, inicialmente identificado, chega em torno de R$ 13,6 milhões. O valor do prejuízo evitado com a consequente suspensão dos benefícios ativos, levando-se em consideração a expectativa de vida média da população brasileira, é de aproximadamente R$ 12,6 milhões.
Os envolvidos foram indiciados pelos crimes de estelionato previdenciário, inserção de dados falsos em sistema de informações e de associação criminosa, cujas penas máximas podem alcançar a dez anos de prisão.
Operação Linha de Montagem
O nome da operação é uma alusão ao esquema criminoso que estava em andamento, já que era estruturalmente ordenado e caracterizado por divisão de tarefas.
Fonte: G1MA