O secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, classificou como bárbaro o crime de que foram vítimas três adolescentes na Zora Rural da capital e informou que as investigações apontam provável participação de dois policiais no episódio.
Para Portela, os dois suspeitos possuem ligações com os seguranças que trabalham para a construtora K2, que realiza obras do Minha Casa Minha Vida nas proximidades do local do crime.
Ao menos um policial militar estaria no momento da chacina e populares encontraram o celular dele no local. Os nomes dos policiais não foram revelados, mas a polícia deve pedir a prisão temporária de ambos para continuar nas investigações.
Na quinta-feira passada, dia 03, três adolescentes, Gildean Castro e Silva, Gustavo Feitosa Monroe e Joanderson da Silva Diniz, saíram de manhã de suas casas no bairro Coquilho para catar caranguejos e não mais voltaram.
Familiares deles ficaram preocupados em razão do desaparecimento dos três e na manha do dia seguinte, ontem, sexta-feira (04), os corpos do trio foram encontrados próximo das construção das casas.
Revolta e incêndio desnecessário
Revoltados com as mortes, moradores não tiveram dúvidas da participação de seguranças armados da construtora e partiram para destruir o centro administrativa da empresa, das casas populares e incendiaram dois ônibus que faziam o transporte dos operários.
Os dois coletivos pertencem a dois pais de famílias que ficaram sem o instrumento de trabalho e não possuem a menor participação nos crimes. Neste caso, a reação dos populares e familiares das vítimas foi desnecessária e criminosa.
Fonte: Luis Cardoso