A Polícia Civil prendeu na noite de terça-feira (14) em São Luís quatro suspeitos de participar do roubo de cargas de uma rede de supermercados no Maranhão. O esquema envolvia também empresários que compravam tudo o que era roubado.
Segundo a polícia, a mercadoria era roubada de dentro do centro de distribuição do supermercado, com a participação de funcionários e depois a quadrilha vendia o produto roubado para comerciantes da capital. De acordo com as investigações, até agora o valor do roubo já teria chegado a R$ 300 mil.
A polícia prendeu três funcionários da rede de supermercados identificados como Pedro Ivo Oliveira Filho, Tiago Pereira e Elvecy Santos e um comerciante suspeito de ser receptador do produto roubado, reconhecido como Antônio Cordeiro Guimarães.
A polícia revelou que em uma quitinete que fica situada na Rua da Alegria, no bairro Matões Turu, em São Luís, foi encontrada uma parte da carga roubada e entre os produtos estavam leite em pó, arroz, sabão em pó, ração para cachorro e até resmas de papel A4.
De acordo com o delegado Henrique Mesquita disse que a polícia está apurando a participação de funcionários público no crime. “Esse material vai apresentado no Plantão, vai ser apreendido e após a prisão do receptador nós nos diligenciamos no sentido de executar a prisão dos outros envolvidos, funcionários do supermercado. Também está se apurando o envolvimento de funcionários públicos. Há, pelo menos, suspeita de envolvimento de um policial militar e de um agente penitenciário”.
O delegado Henrique informou também que a quadrilha agia organizada em funções definidas. “Um funcionário do supermercado trabalhava na vigilância facilitava a entrada a partir da abertura dos portões, outros entravam e faziam a retirada dessa mercadoria e, inclusive, eles alugaram um depósito no bairro João Paulo, onde eles estavam estocando essa mercadoria. A partir de então outros envolvidos faziam a ponte para a venda para terceiros dessa mercadoria”
O delegado Carlos Alberto Damasceno, que também está no caso, contou que mais pessoas podem estar envolvidas no roubo e na receptação das cargas. “Esses envolvidos eles já nos trazem informações interessantes e, inclusive, com participação de novos receptadores e possivelmente pessoas também envolvidas na subtração que até agora ainda não constavam nas investigações preliminares”, finalizou.