A Câmara dos Deputados aprovou ontem quarta-feira (2) a Medida Provisória 994/20, que abre crédito extraordinário de R$ 1,994 bilhão para viabilizar a compra de tecnologia e a produção da vacina de Oxford contra o novo coronavírus. A medida segue agora para o Senado.
O dinheiro vai custear contrato entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, e o laboratório AstraZeneca. A empresa desenvolve uma vacina contra covid-19 em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Os recursos virão da emissão de títulos públicos . Do total, R$ 1,3 bilhão corresponderá à encomenda tecnológica. Bio-Manguinhos – a unidade da Fiocruz produtora de vacinas – receberá investimentos de R$ 522 milhões.
A MP foi aprovada sem emendas com parecer favorável da relatora, deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO).
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quarta-feira (2) que o Brasil vai receber 15 milhões de doses da vacina até fevereiro de 2021. A declaração foi feita durante uma reunião da comissão mista de enfrentamento à covid-19, do Congresso Nacional.
Pazuello foi convidado à comissão para dar explicações sobre os quase 7 milhões de testes de covid-19 estocados em Guarulhos que estão prestes a ultrapassar a data de validade, sem serem encaminhados para a rede pública de saúde.
Ao falar sobre os testes que perderão a validade, Pazuello defendeu que a testagem no Brasil está sendo feita de forma adequada. Segundo ele, a não distribuição do material de testagem estocado em Guarulhos ocorreu por motivos de queda na demanda dos estados, na fase de desaceleração das infecções. Ele defendeu que a pasta tem capacidade de atender o que for “necessário” aos estados e disse que “essa é a grande logística. Ter a capacidade de atender o que lhe é demandado e não apenas empurrar quantitativos pra frente no processo”.
Da Agência Câmara.