“Encaro com naturalidade e tranquilidade”, diz Josimar sobre nova operação da Polícia Federal

O deputado federal Josimar de Maranhãozinho, pré-candidato ao Governo do Maranhão pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, manifestou-se, no início desta tarde, sobre uma nova operação da Polícia Federal deflagrada contra ele e aliados políticos seus.

“Hoje, agentes da PF estiveram em um escritório que já não me pertence há um bom tempo e na Prefeitura e residência da Prefeita de Zé Doca para colherem documentos referentes a uma investigação que está ocorrendo há algum tempo e cujas informações e documentos já haviam sido repassados por nossos advogados. Encaro com naturalidade e tranquilidade, pois não há absolutamente nenhum fato novo e tudo será devidamente esclarecido pela própria Justiça”, afirmou o parlamentar em suas redes sociais.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos, no período da manhã, nos municípios de Maranhãozinho – que já foi administrado pelo deputado – Carutapera, São Luís e Zé Doca – este último gerido por Josinha Cunha, irmã de Josimar e também pertencente aos quadros liberais.

As investigações apontam que a relação de parentesco e ligações pessoais do deputado com prefeitos e secretários municipais da região fazem parte da estratégia usada para o desvio de recursos em áreas como saúde e infraestrutura.

Além de Josimar Maranhãozinho, há outros nomes que estão na mira dos órgãos de controle e ainda não foram alvos de mandados.

Em dezembro do ano passado, o deputado foi alvo da Operação Descalabro, que apura suposto esquema criminoso no Maranhão voltado para o desvio de recursos públicos, da área da saúde, por meio do direcionamento de licitações.

Estima-se, segundo a PF, que a fraude pode ter gerado prejuízo de R$ 15 milhões aos cofres públicos.

À época, Josimar classificou o trabalho da Polícia Federal como perseguição política.

Já no mês de outubro deste ano, o deputado foi alvo de uma operação  do Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público do Maranhão, que visou combater fraudes licitatórias em Prefeituras do Estado.

Batizada de “Maranhão Nostrum”, a operação foi resultado de uma investigação instaurada pelo Gaeco, em 2018, para apurar possíveis fraudes em processos licitatórios para contratação da empresa Águia Farma Distribuidora de Medicamentos Ltda nos municípios maranhenses de Araguanã, Carutapera, Centro do Guilherme, Maranhãozinho, Pedro do Rosário e Zé Doca entre os anos de 2014 a 2018, período no qual foi movimentado o montante de R$ 159.745.884,37 originado de contratos administrativos pactuados entre as empresas investigadas e os Municípios relacionados.

Do Gláucio Ericeira

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