Um “movimento de última hora” em favor do presidente Jair Bolsonaro (PL). Essa é a explicação de Luciana Chong, diretora do Datafolha, para os erros dos institutos de pesquisas nas eleições presidenciais.
Na véspera das eleições, Datafolha e Ipec (ex-Ibope) cravaram que a diferença entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual chefe do Executivo seria de 14 pontos porcentuais. Ao término da apuração dos votos, no entanto, constatou-se uma diferença de 5 pontos. A margem de erro dos levantamentos dos institutos é de 2 pontos porcentuais (para mais ou para menos).
Chong alegou, em entrevista concedida nesta segunda-feira, 3, à GloboNews, que “um movimento de última hora” em favor de Bolsonaro, vindo de eleitores que inicialmente votariam em Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), explica o resultado do primeiro turno.
No domingo 2, Bolsonaro obteve pouco mais de 51 milhões de votos (43,2%). Lula, por sua vez, foi o preferido de 57,2 milhões de eleitores (48,4%). Para ser eleito no primeiro turno, um candidato precisa da maioria absoluta dos votos. Caso nenhum presidenciável consiga esse número, a eleição prevê um segundo turno entre os mais bem votados.
A vitória em primeiro turno em uma eleição presidencial ocorreu somente em duas oportunidades, em 1994 e 1998, com Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A disputa em dois turnos foi incluída na Constituição Federal de 1988.
Da Revista Oeste