O alto faturamento do empresário Elie Georges Hachem com a Unihosp – Serviços de Saúde Ltda em contratos com a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) aponta que, ao contrário do que vem afirmando a propaganda do Palácio dos Leões, a saúde pública estadual vai mal. Ou, pelo menos, tem ofertado atendimento abaixo dos serviços prestados pela contratada.
Levantamento no Diário Oficial do Estado (DOE) aponta que, nos últimos sete anos, a Unihosp já fechou R$ 179.982.315,33 em contratos, a maioria em aditamento ao original com a empresa mista.
Apesar da propaganda institucional dos Leões, também custeada com recursos públicos, e da propaganda de campanha de reeleição do governador Flávio Dino (PCdoB) garantirem que houve a entrega de novos hospitais e o atendimento do sistema público melhorou, todos os contratos com a Unihosp são para prestação dos serviços de assistência à saúde, por intermédio de plano de saúde ou seguro-saúde, do tipo coletivo empresarial, destinados aos empregados da Caema e seus dependentes.
Do montante, maior parte foi celebrada com o Governo do Maranhão, por meio da Caema, já sob o comando de Dino, inclusive. Exatos R$ 107.959.650,00.
Inicialmente, as primeiras gestões da Caema no governo comunista aditaram um contrato da gestão anterior. Já neste ano, além de preferir se prevenir com a contratação de serviços de saúde privados para não se arriscar a deixar os empregados da empresa e dependentes desta à mercê do sistema público da Secretaria de Estado da Saúde (SES), gerido pelo advogado Carlos Lula, a Caema encerrou os aditivos, que já estavam estourando no quinto, e abriu um novo procedimento licitatório, coincidentemente vencido outra vez pela Unihosp.
Por esse novo contrato está estimado o repasse de R$ 30.551.850,00 para a empresa de Elie Hachem, por atendimentos até a primeira quinzena de setembro do próximo ano.
No primeiro contrato, de 2012, segundo publicações feitas pela imprensa local à época, a Unihosp concorreu sozinha na licitação num certame publicado nos jornais dia 8 de agosto daquele ano, e julgado dia 23 seguinte, enquanto a lei estabelece 30 dias de prazo.
Elie Hachem foi procurado para se posicionar sobre a questão, mas ainda não retornou o contato.
Fonte: Atual7