Três meses foram necessários para que uma equipe de técnicos da secretaria municipal de saúde conseguisse levantar o valor total do rombo deixado pela gestão do prefeito deposto pela Justiça Eleitoral, José Vieira Lins, que teve como titulares a ex-esposa de Vieira, a administradora Patrícia Vieira Lins, e a enfermeira Doralina Marques.
O atual secretário, farmacêutico bioquímico Silas Duarte de Oliveira, anunciou que, termo de verificação de caixa feito por sua equipe, além ter encontrado saldo bancário zero, encontrou, ainda, como posição de contas a pagar um débito de R$ 6.327.343,35 (seis milhões, trezentos e vinte e sete mil, trezentos e 43 reais e trinta e cinco centavos).
Esse valor estava camuflado em forma de contratos fornecedores, em compras de materiais, que nunca entraram na secretaria ou em sua unidades, e prestação de serviços que nunca foram realizados em nenhum órgão da pasta.
O secretário reporta o fato como calote geral e atribui as responsabilidades pelo rombo ao ex-prefeito José Vieira e ao ex-vice prefeito Florêncio Neto, que hoje é candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo agiota César Brito.
Silas acrescenta que o rombo na saúde, o desvio de recursos, não só trouxe grande prejuízos as empresas (veja lista na ilustração acima) e aos seus funcionários, mas todo o município de Bacabal.
Ele afirma ter encontrado a pasta em situação de pré-falência, revelando que desativaram programas, como o telessaúde, e até convênios foram tirados, além de UBSs fechadas por falta de pagamento – como a do bairro da Esperança – deixando o bacabalense sem atendimento médico, mas que o prefeito Edvan Brandão de Farias negociou o débito e reabriu a reabriu, sendo que a mesma voltou a atender a população
Silas Duarte de Oliveira acrescentou, também, que a gestão José Vieira/ Florêncio Neto não pagou o valor total da folha de pagamento do junho dos servidores públicos municipais lotados na secretaria, orçada em 2.347.229,27 (dois milhões, trezentos e quarenta e sete mil, duzentos e vinte e nove reais e vinte e sete centavos), deixando em aberto R$ 1.043.720,63 (um milhão, quarenta e três mil, 720 reais e sessenta e três centavos).
Como providência para a responsabilização dos culpados, o secretário Silas Duarte de Oliveira, por ordem do prefeito Edvan Brandão de Farias, requereu auditoria fiscal a ser realizada pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS).
Aos quase 7 milhões de reais desviados na secretaria municipal de saúde (Semus) juntam-se os cerca de 10 milhões de reais desviados na secretaria municipal de educação (Semed), veja aqui, o que eleva o rombo já levantado nas contas públicas de Bacabal para próximo de 10 milhões de reais, faltando ainda fechar as contas de setores como a administração, a assistência social e a arrecadação municipal – secretaria de finanças.
Fonte: Abel Carvalho