A Promotoria Pública de Presidente Dutra já solicitou a abertura de inquérito criminal para investigar as causas que resultaram na anulação do concurso público que seria realizado ontem, domingo (18) para preenchimento de 1.000 vagas naquele município.
Por enquanto, o promotor titular Carlos Rafael Fernandes Bulhão vai aguardar o resultado das investigações para que o Ministério Público possa se pronunciar sobre os fatos.
Mais de nove mil pessoas se inscreveram e estiveram aptas a fazer o concurso. Porém, o certame foi anulado em comum acordo com a empresa Gabriel Excelência e o prefeito de Presidente Dutra, Juran Carvalho (PP).
Ocorre que a cidade de Tuntum também sediou em duas escolas o certame, mas até às 11h as provas não apareceram. O taxista contratado pela empresa não chegou ao local, alegando que não acertara o endereço. E ao ser abordado na rua, deixou que várias pessoas tivessem acesso aos documentos.
O prefeito Juran concedeu hoje entrevista tentando se eximir da patacoada, mas não explicou em nenhum momento como a prefeitura aceitou que uma empresa sem credibilidade fosse realizar o certame. Ou melhor: não teve o cuidado de saber, através de pesquisas, que o Instituto Gabriel Excelência, em vários municípios do Nordeste, é mais sujo do que pau de galinheiro.
Para que se tenha ideia, em castelo, no Piauí, um dos aprovados em concurso de 2015 foi um bebê com menos de 1 mês, fato amplamente divulgado pela imprensa.
Em outra cidade piauense, Monsenhor Gil, três desembargadores anularam o concurso da mesma empresa por fraudes como a realização do certame no período vedado pela Legislação Eleitoral e aprovação de pessoas ligadas ao prefeito.
Fonte: Luis Cardoso