Equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) e da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDECMA) permaneceram em Godofredo Viana, distante 209 km de São Luís, até a quarta-feira, 07, acompanhando as medidas tomadas pela Mineradora Aurizona depois que rejeitos de mineração deslizaram, no último domingo, interditando o acesso ao Povoado Aurizona.
Segundo o CBMMA, após o deslocamento de terra, o local foi isolado e o material foi retirado com a ajuda de máquinas, de forma que todo o volume fosse removido da via de acesso ao povoado. Desde o início da semana que estão sendo feitos estudos para identificar as causas da ocorrência. A empresa tem uma prazo de 15 dias para apresentar ao Corpo de Bombeiro o relatório com o laudo da possível causa do deslizamento.
A Mineradora Aurizona também deve apresentar um plano de atendimento e procedimentos de ação para casos de emergência e procedimentos para casos de acidentes fatais e evacuação da área. Dentro do prazo, a empresa também precisa apresentar a área sinalizada e o depósito de descarte de material estéril; plano de brigada de emergência; cronograma de treinamento periódico da brigada de emergência e mapa de trajeto para hospitais e postos de saúde.
Em nota, a empresa reforçou a informação de que o material que deslizou da mina partiu de uma parte isolada da pilha de estéril, composta apenas de terra e cobertura vegetal. “Outro aspecto importante a esclarecer é que este material não tem nenhuma relação com a barragem da empresa, que se encontra em situação totalmente estável e controlada”, disse em nota.
Os técnicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) coletaram amostras para realizar estudo do material por meio de exames específicos. Até o momento, não há indícios de que a substância seja tóxica. O CBM esclareceu que apenas areia e argila foram encontradas na amostra.
A Mineradora Aurizona realiza extração de ouro em Godofredo Viana, na Mina do Piaba, mas estaria com as atividades paradas desde o ano passado, atuando no momento, na construção de uma planta metalúrgica.
Fonte: O Imparcial