Uma investigação da Polícia Federal do Acre resultou na prisão de quatro pessoas suspeitas de abusar de crianças, registrar e compartilhar material pornográfico infantil em uma rede de pedofilia. Entre os presos está um pai que abusava da filha de 2 anos no estado do Ceará.
Policiais federais dos estados do Maranhão, São Paulo e Ceará cumpriram, nesta quinta-feira (30), cinco mandados de busca e apreensão, três de prisão preventiva e um de prisão temporária. A ação foi batizada de Operação Protetor.
As ações desta quinta são resultados de uma prisão na Operação Hades, no mês de fevereiro, em Rio Branco. Um dos presos nesta operação foi identificado pela polícia como ‘predador sexual’.
“As pessoas presas na ação de hoje tinham fácil acesso as vítimas, eram pais, padrinhos e tem um caso específico que o suspeito chegou a trabalhar em uma escola de ensino infantil. Tinham acesso e se aproveitavam de um momento de descuido para realizar esse tipo de aviso”, contou o delegado Eduardo Maneta.
Ainda segundo a polícia, foi identificado que o suspeito preso em Rio Branco comandava a rede de pedofilia por meio de grupos instalados em um aplicativo. Parte do material era compartilhado e também vendido.
“Foram vários alvos identificados e um específico comercializava e obtinha lucro com o material. [Preso no Acre] era uma espécie de gerente e administrador dessa rede. Era responsável por criar essa rede de compartilhamento que tinham pessoas de fora do país”, complementou.
Maneta relembrou que entre os presos estão pessoas que só compartilhava, mas que representa um dos crimes presentes no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
“Pornografia infantil é crime e compartilhar esse material é um crime mais grave ainda. Então, trabalhamos no foco que prender os que abusavam, registravam e compartilhava, mas o simples fato de armazenar já é crime”, destacou.
Mães em estado de choque
O delegado falou também que as mães das vítimas estão em estado de choque ao saber dos crimes. Tanto as vítimas como as mães estão recebendo apoio e ajuda psicológica.
“Não sabiam o que estava acontecendo com os filhos, inclusive, acreditava que essas crianças estavam praticando esses crimes”, concluiu.
Fonte: G1MA