Diversas entidades pararão suas atividades para participar da greve geral que acontecerá nesta sexta-feira (14) em São Luís. Para a data, os trabalhadores deverão ir às ruas da Praça Deodoro, no Centro de São Luís, a partir das 13h, reivindicar o contingenciamento na educação e à reforma da Previdência, medidas anunciadas pelo Governo Federal.
As entidades participantes confirmam a paralisação de várias instituições. Entre elas, estão Institutos Federais (IFMA) do Monte Castelo e Maracanã, campi da Universidade Federal (UFMA), Ministérios da Fazenda, da Economia e da Saúde, Bancários, Hospitais Universitários, Escolas Públicas Municipais e Estaduais e trabalhadores da Justiça Federal. A Universidade Estadual (UEMA), os Correios e os Sindicato dos Rodoviários ainda estão deliberando se vão aderir à greve.
As informações foram comunicadas a O Imparcial por representantes do Sindicato dos Bancários, da Associação dos Professores da Universidade Federal do Maranhão (Apruma), a Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação (Sinasefe), Sindicato dos Servidores Públicos (Sindsep), Sindicato dos Urbanitários, Sindicato dos Trabalhadores da Justiça Federal (Sintrajufe), Sindicato da Educação (Sindeducação), Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sintroessema), Sindicato dos Servidores Públicos (Sindsep), e a Federação dos Trabalhadores Rurais do Maranhão (Fetaema) de alguns municípios maranhenses.
Continuação à Greve Estudantil que aconteceu no último dia 30 de maio, nesta sexta-feira os profissionais que vão às ruas fazem parte de um movimento nacional “em direito ao trabalhador, principalmente contra a Previdência Social, é a nossa bandeira de luta. Todo país vai parar”, disse a presidente do Sindeducação, Elizabeth Castelo Branco.
Elizabeth acredita que a nova proposta da Previdência vá afetar, principalmente, mulheres. “Hoje, nos aposentamos com 50 anos e 25 de trabalho. Nós, dentro da sala de aula, já temos uma carga horaria muito extensa e cansativa. (…) vivemos a violência, os problemas emocionais, de saúde, dentro do espaço escolar. Aumentar essa contribuição em mais 10 anos tem um resultado negativo dentro da sala de aula”, pontuou.
A degradação das condições de trabalho dos servidores públicos vem desde a PEC do teto de gastos, do Governo Temer, que congelou os repasses por 20 anos – situação que piora com a nova Previdência, como explica Raimundo Pereira, da Sindsep. “Da maneira como está sendo defendida, [a reforma da Previdência] atinge todos, independente de categorias”.
Em nome da Sinasefe, Pedro Ribeiro diz que foi, ontem, as paralisações também foram aprovadas por sindicatos de Timon, Caxias, Buriticupu e Imperatriz, que irão se incorporar ao Instituto Federal do Piauí (IFPI). “A ideia é que a gente pare as atividades. Decidimos pelo conjunto da categoria, independente de direção ou reitor decidir ou não”, afirma.
O primeiro acontecerá às 5h, em frente à Vila Itamar, no Bacanga, para mobilizar para a grande manifestação à tarde. Segundo os organizadores, a intenção é que os estudantes também participem da greve.