Um homem ficou 27 dias preso em Rosário, distante 46 km de São Luís, por conta de uma tentativa de homicídio e só foi solto após a vítima e outra testemunha procurarem a Justiça para explicar que se tratava de uma prisão equivocada. A Defensoria Pública do Estado (DPE) se manifestou em tom de indignação devido as falhas no sistema.
A Defensoria Pública do Estado tomou conhecimento do caso por meio da própria vítima. Segundo o defensor público Alex Pacheco Magalhães, a vítima procurou ajuda para dizer que uma pessoa estava presa injustamente e o autor do crime ainda não havia sido capturado. A mãe da vítima também procurou a DPE para reforçar a situação de engano.
O defensor Alex Magalhães disse que além da falha na prisão, teve ainda o dano causado pela demora na resolução do problema.
“Como reparar uma equivocada acusação e prisão ilegal? Como fica agora a situação do assistido? Como apagar as dores, as marcas e as sequelas causadas? Esse assistido teve a sorte de provar a sua inocência, pois a vítima felizmente ainda se encontra viva. E se fosse um homicídio consumado? Como provaríamos tal inocência? É muito grave que erros dessa natureza continuem ocorrendo e nada seja feito. É preciso que os abusos cometidos sejam devidamente responsabilizados”, pontuou Alex Pacheco.