O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), participou do UOL News na manhã desta quinta-feira (24) e afirmou que Geraldo Alckmin deve ser anunciado como candidato a vice-presidente de Lula (PT) em abril. De acordo com ele, o ex-tucano funcionará como uma nova versão da “carta ao povo brasileiro”, texto usado na campanha eleitoral de 2002. ”
A eleição tem símbolos que são uma forma de exercício da persuasão eleitoral. A presença de alguém mais centrista, de outra vertente, ajuda a somar no sentido de agregar e qualificar a pré-candidatura. Creio que ele traz votos na medida que simboliza outros segmentos sociais que vão se sentir confortáveis. Alckmin é quase uma carta ao povo brasileiro. Ele está para o Lula de 2022 como a carta ao povo brasileiro esteve para o Lula de 2002. Funciona como um sinal positivo de agregação”, declarou Dino, que elogiou o discurso de Alckmin na filiação ao PSB, um dia antes.
Dino afirmou que Alckmin se alia a uma “união progressista” e considera que ele não é um político de direita.
“Ele é um herdeiro das boas tradições do PSDB, com quem sempre dialoguei. De modo que considero excessivo o colocar como de direita. Considero que ele é um sinal de ampliação de segmentos que dialogam com a candidatura de Lula. A resposta ao extremismo deve ser o centrismo. Quanto mais centrista for a candidatura do Lula, melhor para o Brasil, para quem sabe vencer em primeiro turno”, analisou Dino.
O governador também analisou a dúvida sobre quem será o candidato ao governo de São Paulo: Fernando Haddad (PT) ou Márcio França (PSB). Segundo ele, tudo está indefinido ainda.
Assim como França pode ceder para o Haddad, o Haddad pode ceder para o França. É um debate em curso. O que acho importante é mantê-lo. Temos até o final do prazo de convenções. Mas sei que essa união vai sair”, apostou Dino.
Do UOL