A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (15) contra Ciro Gomes (PDT), ex-governador do Ceará e pré-candidato à Presidência em uma investigação sobre supostas irregularidades na construção da Arena Castelão, em Fortaleza.
Por uma rede social, Ciro classifico a ordem como “abusiva” e disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) “transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade.”
As fraudes ocorreram durante a gestão do senador Cid Gomes, ex-governador do Ceará. O g1 procurou Cid Gomes por meio da assessoria, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Segundo a PF, há indícios de pagamentos de R$ 11 milhões em propinas diretamente em dinheiro ou “disfarçadas de doações eleitorais,” com emissões de notas fiscais fraudulentas por empresas fantasmas.
A Operação Policial “Colosseum” cumpre mandados expedidos pela 32ª Vara da Justiça Federal, em domicílios investigados em outras cidades como São Paulo, Belo Horizonte e São Luís. No Ceará, os mandados são cumpridos nas cidades de Fortaleza, Meruoca e Juazeiro do Norte.
As buscas têm como objetivo apreender mídias digitais, aparelhos celulares e documentos.
De acordo com a Polícia Federal, as investigações começaram em 2017, quando foram identificados indícios de esquema criminoso envolvendo pagamentos de propinas para que uma empresa vencesse a licitação das obras Arena Castelão para a Copa do Mundo 2014.
Ainda conforme a PF, na fase de execução do contrato, a empresa receberia valores devidos pelo Governo do Estado do Ceará.
“As investigações continuam com análise do material apreendido na operação policial e do fluxo financeiro dos suspeitos”, informa a corporação, em nota. “Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraudes em licitações, associação criminosa, corrupção ativa e passiva”, diz a PF.
O nome da operação remete em italiano ao estádio Coliseu, em Roma, na Itália.
Do G1