O Comitê Consultivo de Internet, instituído no último dia 26, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão, deve propor medidas necessárias para barrar possíveis fake news disseminadas em blogs, sites, redes sociais e grupos de WhatsApp, desde o final da tarde desta terça-feira 8, contra a juíza Anelise Nogueira Reginato, da 8ª Zona Eleitoral de Coroatá.
Conforme publicado mais cedo, a magistrada é autora da decisão que decretou a inelegibilidade do governador Flávio Dino e do ex-secretário estadual de Comunicação e Assuntos Políticos, Márcio Jerry Barroso, ambos do PCdoB, por oito anos, por uso do programa Mais Asfalto para desequilibrar o pleito de 2016 ao beneficiar a eleição do prefeito Luís da Amovelar Filho (PT) e de seu vice Domingos Alberto (PSB) em Coroatá.
Por conta da determinação, já oficialmente confirmada pelo próprio TRE/MA, ela passou a ser alvo de insinuações de ligações políticas e até pessoais com o grupo Sarney, adversário do comunista do estado.
Em razão da manipulação do debate público, por meio de informação sem checagem de veracidade, também com ataques a setores da imprensa que divulgaram a determinação da juíza eleitoral, a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), a Polícia Federal e ainda a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), instituições parceiras da Corte Eleitoral no combate e prevenção às notícias falsas, devem ser acionadas.
Os disseminadores dessas desinformações, inclusive, são facilmente identificáveis, já que, nos últimos anos, receberam recursos públicos das agências de publicidade e propaganda que prestam serviço para a Secretaria de Estado da Comunicação e Assuntos Políticos (Secap), que teve como chefe Márcio Jerry, um dos condenados à inelegibilidade.
Caso as medidas contra as fake news não sejam executadas de ofício pelo Comitê Consultivo de Internet, a Associação dos Magistrados do Maranhão (Amma), que deve se manifestar sobre o que vem ocorrendo contra a juíza Anelise Nogueira Reginato, pode solicitar a atuação imediada da força-tarefa.
Fonte: Atual7