Com o Maranhão enfrentando sérios problemas na área da Saúde, com médicos reclamando de atrasos em seus vencimentos, redução nos custos de plantões nas unidades hospitalares estaduais, suspensão do Força da Saúde, que atendia municípios com menos IDH, e outras reclamações, o governador Flávio Dino (PCdoB) e o seu secretário de Saúde, Carlos Lula, preveem agravamento da crise com a saída dos Cubanos do programa Mais Médicos.
De acordo com números do Governo do Estado, dos 677 médicos que participam do programa, 417 vieram de Cuba, que já avisou o seu retorno ao país de origem no prazo de quarenta dias.
Em seu página no Facebook, o governador alerta que se os cubanos não forem imediatamente substituídos, os pequenos municípios vão ser duramente castigados. Disse ele: “Entre tantos absurdos, a saída abrupta dos médicos cubanos, se não forem imediatamente substituídos, vai onerar municípios cujas finanças públicas já estão destruídas, após 4 anos de recessão e perda de receitas. Ou milhares de pessoas ficarão sem atenção básica à saúde. Um caos”.
Já o secretário, também pelas redes sociais, fez sua análise: “Consequências terríveis para o Brasil, sobretudo para os municípios mais pobres. Que o governo federal possa reabrir diálogo com e com a Organização Panamericana de Saúde”.
Já o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Abdon Murad, diz não ser contra a presença de cubanos nos serviços de Saúde, mas concorda com a tese levantada pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), sobre a necessidade de aplicação do teste de revalida a fim de se saber quem realmente é médico, pois duvida que muitos desses profissionais tenham realmente cursado curso de Medicina.
Negociação – Enquanto focam no problema de Cuba, Carlos Lula garante que os serviços médicos e hospitalares não serão afetados com a reclamação dos profissionais de Medicina que estão reclamando salários atrasados e fazem operação seletiva enquanto perdurar o impasse. Na sua página no Facebook, o secretário disse que uma negociação já fechada com o sindicato dos Médicos e Conselho de Medicina. Eis a nota por ele publicada:
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que, na tarde desta terça-feira (13), o secretário da pasta se reuniu com os presidentes do Conselho Regional de Medicina e do Sindicato dos Médicos do Maranhão, onde ficou definido o pagamento dos honorários médicos a partir desta semana, conforme calendário estabelecido junto as entidades.
Durante o encontro também ficou estabelecido que o CRM e o Sindicato enviarão proposta de reestruturação dos termos da Portaria nº 1.044/2018 para análise da SES.
Por fim, a Secretaria esclarece que o atendimento aos pacientes segue regular nas unidades de saúde e reafirma o diálogo permanente com a classe médica e seus representantes em respeito à atividade destes profissionais no atendimento aos usuários do SUS da rede estadual de saúde.
Fonte: AQUILES EMIR