Um grupo de pessoas ligadas a grileiros usou mulheres e crianças em tentativa de invasão de 1.102 unidades habitacionais do Residencial Jomar Moraes, localizado no Sítio Piranhenga, em São Luís. A tentativa de ocupação ilegal foi impedida por uma força-tarefa composta por equipes das Secretarias de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid) e Segurança Pública (SSP), que garantiu a evacuação do local antes da ocupação dos imóveis.
Com investimentos de R$ 82 milhões e executada pela Secid, a obra iniciada em 2016 está em fase de conclusão, sendo destinada a famílias em situação de vulnerabilidade habitacional, já cadastradas e aprovadas pela Caixa Econômica Federal (CEF), que fazem parte do Projeto PAC Rio Anil, na capital maranhense. Em junho está previsto o sorteio das unidades e a entrega deverá acontecer em julho.
O titular da Secid, Rubens Pereira Júnior, explicou a estratégia do Governo para impedir a ação criminosa. “Fui ao local assim que tivemos conhecimento da tentativa de ocupação ilegal. Alguns dos invasores tentaram usar mulheres e crianças como escudos. Acionamos imediatamente a equipe social da Secid para garantir a proteção dessas pessoas e a Polícia Militar agiu preventivamente para evacuação da área”, explicou o secretário.
Rubens Júnior acrescentou que após vistoria das unidades, constatou-se que algumas portas e janelas dos imóveis foram danificadas. A empresa responsável já foi acionada para fazer os devidos reparos.
“Trata-se de uma obra que possui seguro e como ainda estamos em fase de conclusão, não deveremos ter atraso no cronograma de entrega. Já no mês que vem vamos iniciar o processo de sorteio das unidades, para determinar os imóveis a serem ocupados em definitivo pelas famílias que fazem parte do projeto”, disse.
Combatendo o déficit habitacional
O Governo do Maranhão reforçou a segurança das unidades habitacionais em fase de conclusão. Além do Residencial Jomar Moraes, a população deve receber, ainda no primeiro semestre, 256 unidades habitacionais do Residencial José Chagas, na Ilhinha, que vai garantir moradia digna para pessoas que antes viviam em palafitas e nunca tiveram casa própria.
Por meio da Secid, o Governo do Maranhão também promove apoio financeiro para reforma de moradias com o Programa Cheque Minha Casa, além de um amplo Plano de Regularização Fundiária na Grande Ilha.
“Estamos promovendo um esforço para corrigir parte do enorme déficit habitacional que infelizmente nossa capital vive até hoje e que é historicamente explorada por pessoas que usam a população para capitalizar essa carência”, explicou Rubens Júnior ao detalhar o conjunto de obras habitacionais do Governo na cidade.