A abertura do prazo para deputados federais e estaduais mudarem de partido sem correr o risco de perder o mandato – a chamada “janela partidária”, que começa na quinta-feira (3) e vai até o dia 1º de abril – provocará uma intensa movimentação política no Maranhão.
Tanto na Assembleia Legislativa, quando na Câmara dos Deputados e no Senado haverá significativas mudanças, a maioria delas lastreada no embate entre Carlos Brandão (PSDB) e Weverton Rocha (PDT) pelo Governo do Estado.
No plano estadual, o principal movimento é o do presidente da Assembleia, deputado estadual Othelino Neto. Ele deixa o PCdoB, que está na base de Brandão, para filiar-se ao PDT, mesmo partido de Weverton.
Não por conta da janela, mas também por uma opção pelo senador pedetista, o mesmo movimento será feito pelo ex-secretário de Estado da Segurança Pública, Jefferson Portela.
Mudam, ainda, os deputados estaduais César Pires – troca o PV, que está com Brandão, para filiar-se ao PSD, que tem Edivaldo Holanda Júnior como pré-candidato – e Ana do Gás, que sai do PCdoB para o PSB.
O líder do governo na Assembleia, Rafael Leitoa, que também apoia Brandão, ainda está no PDT, e sairá da sigla assim que abrir o prazo. Ele deve migrar para o PT.
Há expectativas quanto aos posicionamentos de Fábio Macedo (Republicanos), Ricardo Rios (PDT) e Zito Rolim (PDT).
No plano federal, a decisão mais aguardada diz respeito ao futuro político do senador Roberto Rocha. Ainda filiado ao PSDB, ele tentou aproximar-se do PL, mas não decidiu ainda que rumo tomar, principalmente porque não tem, também, definição sobre a que cargo se candidatar – se a governador, ou a senador.
Já o deputado federal Rubens Júnior é mais um que deve migrar do PCdoB para o PSB, mesmo destino do vice-governador Carlos Brandão, que ainda está no PSDB, mas não depende da janela para promover a troca partidária, já confirmada para o mês de março.
Do Imirante