De acordo com postagem do Portal GP1 do Piauí (veja aqui), o Ministério Público do Estado do Maranhão requisitou a instauração de inquérito policial para investigar cinco delegados da Polícia Civil que faziam parte da cúpula da Superintendência de Combate a Corrupção e Crimes Funcionais (SECCOR).
O promotor com atuação na Comarca de Buriti, Laércio Ramos do Vale, atendeu representação do delegado Sérgio Rêgo Damasceno e expediu ofício determinando a apuração do crime de falsidade ideológica supostamente cometido pelos cinco delegados (Roberto Wagner Leite Fortes, Renato Barbosa Fernandes de Sousa, Eliezer Lima da Silva, Ricardo Luiz Silva e Luiz Augusto Mendes).
O delegado Sérgio Rego ingressou com representação noticiando que a cúpula da SECCOR mentiu e criou fatos inverídicos para induzir o juiz da comarca a decretar a sua prisão.
Os delegados citam depoimentos no pedido de prisão, e fundamentaram o pedido com trechos, tais como, “segundo declarações da vítima” e “de acordo com depoimentos colhidos” para, ao final, pedir a segregação cautelar, como se fosse necessário.
Ocorre, que de acordo com a denúncia, ninguém foi ouvido, nem vítima e nem eventuais testemunhas, sendo que no pedido foi juntado tão somente documentos de cunho meramente administrativo para conseguir a prisão.
Na época, o inquérito feito pelos delegados da SECCOR contra o colega teria desafiado toda a doutrina policial vigente no país, agindo como se estivéssemos em um regime de exceção para prender e depois investigar.
O inquérito policial tramita na Vara Única de Buriti/MA, desde outubro de 2022.