O Ministério Público Federal (MPF) de Brasília abriu uma investigação contra Paulo Guedes, assessor econômico do candidato de extrema direita à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), por suspeitas de fraude com fundos de pensão de empresas estatais, indicou essa instituição à AFP.
A investigação, revelada nesta quarta-feira (10) pelo jornal Folha de S.Paulo, busca esclarecer se Guedes captou, enquanto estava à frente de fundos de investimento, recursos fraudulentos de fundos de pensão ligados a empresas públicas.
O MPF vê “relevantes indícios” de que entre fevereiro de 2009 e junho de 2013 vários diretores de fundos de pensão “possam ter se consorciado” com Paulo Guedes para cometer os “crimes de gestão fraudulenta ou temerária”, assinala em seu auto.
O caso faz parte da Operação Greenfield, que investiga desde 2016 um esquema de desvio de recursos em fundos de pensão de empresas estatais, na qual estariam envolvidos dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
Paulo Guedes, um ultraliberal de 69 anos, é o principal assessor econômico de Bolsonaro, favorito para ganhar o segundo turno, em 28 de outubro, que fez campanha com as bandeiras da luta contra a criminalidade e a corrupção.
Se Bolsonaro vencer o segundo turno contra Fernando Haddad (PT), Guedes se converteria em um “superministro”, que deveria unir sob o seu comando as atuais pastas de Fazenda, Indústria e Comércio, Planejamento e a secretaria encarregada de Associações e Investimentos do Estado.
Fonte: Isto É