A Petrobras comunicou nesta segunda-feira (5) que o preço do litro da gasolina para as distribuidoras foi reajustado para R$ 2,69, e o do óleo diesel para R$ 2,81, refletindo reajustes médios de R$ 0,16 e R$ 0,10 por litro, respectivamente. Com isso, os dois combustíveis vão aumentar 6% e 3,7%, respectivamente a partir desta terça-feira (6).
É o primeiro aumento desses combustíveis na gestão do general Joaquim Silva e Luna, que assumiu o cargo há quase três meses, mas o oitavo desde janeiro. O último reajuste nas refinarias foi em 15 de abril, quando o valor médio da gasolina aumentou 1,9% por litro, e o do diesel 3,7% por litro.
Em junho, a Petrobras chegou a reduzir o valor da gasolina em 2% nas refinarias, mas não o do diesel. De acordo com o Índice de Preços Ticket Log (IPTL), no início do mês passado, a gasolina chegou a ser encontrada por até R$ 5,95 nos postos da região Sudeste. A mais barata, naquela época, estava na região Sul, por R$ 5,67, segundo o IPTL.
O preço médio de venda de GLP da Petrobras para as distribuidoras também sofre reajuste, passando a ser de R$ 3,60 por kg, refletindo um aumento médio de R$ 0,20 por kg.
Os reajustes refletem a alta do petróleo no mercado internacional. Nesta segunda-feira (5), o barril da commodity é negociado em Londres a quase US$ 76.
Os contratos no mercado futuro aceleraram após notícias de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) adiaram, pela segunda vez, a sua reunião ministerial.
A Petrobras, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que “busca evitar o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais”, mas que se mantém alinhada ao mercado internacional.
A estatal reforça, ainda, que os valores praticados nas refinarias são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo. “Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais; custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis no caso de gasolina e diesel; custos para envase pelas distribuidoras no caso do GLP; além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores”, explica o comunicado da empresa.
Do Estadão Conteúdo