PF aponta superfaturamento de até 400% na compra de EPIs para profissionais da saúde no MA

Presos foram encaminhados inicialmente para a sede da Polícia Federal, em São Luís — Foto: Flora Dolores/O Estado/Arquivo

A Polícia Federal (PF) informou, em coletiva realizada nesta quarta-feira (5), que há indícios de superfaturamento de até 400% na compra de macacões que seriam usados por agentes de saúde no enfrentamento da Covid-19 nas cidades de Bacabeira, Miranda do Norte e Santa Rita, no interior do Maranhão.

A informação foi dada pela superintendente da PF no Maranhão, Cassandra Parazzi, após a ‘Operação Falsa Esperança’, que investiga indícios de superfaturamento de equipamentos de proteção individuais (EPIs) e respiradores pulmonares, deflagada nesta quarta. Os produtos foram comprados com dinheiro público federal destinado para o enfrentamento da doença.

“No curso das investigações a gente demonstrou que a empresa vendeu uma série de produtos que não tinha no lastro de compra dela. Ou seja, há um indício de que essa venda não chegou a ser concretizada, que o produto não tenha sido entregue, causando um prejuízo muito grave. Além do desvio de recursos públicos e para o tratamento da Covid-19, que é muito mais grave”, disse.

A PF aponta que podem ter sido desviados cerca de R$ 310 mil reais na aquisição de quatro respiradores pulmonares para os três municípios. Os equipamentos foram comprados pelas três prefeituras em uma mesma empresa, localizada em Paço do Lumiar na Região Metropolitana de São Luís.

Segundo a PF, em Miranda do Norte, dois aparelhos no valor total de R$ 130 mil foram comprados, mas nunca foram recebidos. A empresa paga pelas prefeituras tinha 69 atividades secundárias, que variavam desde a confecção de vestuário, segurança privada e até produção musical.

Do G1MA

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