A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para apurar a suspeita de crime de prevaricação do presidente Jair Bolsonaro durante as negociações para a aquisição da vacina indiana Covaxin. A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira (12) pela coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, e confirmada pelo Congresso em Foco.
A prevaricação é um tipo criminal no qual alguma autoridade ou agente público deixa de agir ou atrasa alguma ação para satisfazer interesses pessoais.
A abertura de inquérito contra o presidente tem origem na denúncia do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). Miranda afirma que levou a Bolsonaro, em 20 de março, documentos e notas fiscais que atestavam irregularidades no processo de compra da Covaxin. Segundo o deputado, o presidente teria dito, na ocasião, que levaria o caso à PF.
O inquérito aberto recentemente pela PF buscará descobrir se Bolsonaro realmente foi informado a respeito das irregularidades e se tomou providências quanto a isso. A apuração será coordenada pelo Serviço de Inquérito da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Inque).
A investigação foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) depois de ter sido cobrada pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber.