A Procuradoria Geral de Justiça afirmou que não irá se manifestar acerca das declarações dadas pelo ex-chefe da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), delegado Tiago Bardal, que tratam da tentativa de investigar desembargadores do Maranhão.
As informações reveladoras vieram à tona durante o depoimento de Bardal ao juiz da 2ª Vara Criminal de São Luís, José Ribamar D’Oliveira Costa Júnior, ocorrido em março.
De acordo com a PGJ, o órgão ministerial não recebeu qualquer tipo de comunicação oficial a respeito do caso e, por isso, preferiu não comentar o episódio.
Ao ser procurada novamente para tratar do assunto, a Procuradoria disse que irá respeitar a independência funcional e os princípios do juiz e promotor que atuam no caso e que cabe a eles tomarem qualquer providência.
“Informamos que, em respeito ao princípio da independência funcional e aos princípios do juiz e promotor natural, compete ao juiz e promotor que atuam no caso a tomada das providências devidas em relação às declarações relatadas pelo réu em juízo”.
Entenda o caso
Em meados do mês de março, Tiago Bardal prestou depoimento à 2ª Vara Criminal de São Luís, onde revelou que o secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, mandou investigar, pelo menos 4 desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão.
No relato, o ex-chefe da Seic falou que a pedido de Portela, o Ministério Público representou contra um magistrado na Corregedoria Nacional de Justiça.
Fonte: Neto Ferreira