Nesta segunda-feira (10), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou que encaminhou à Polícia Federal um pedido de investigação sobre discursos proferidos em ato pró-armamento realizado em Brasília.
O ministro entende que existe indício de discurso de ódio e apologia a violência.
“Determinei à Polícia Federal que faça análise dos discursos proferidos neste domingo em ato armamentista, realizado em Brasília. Objetivo é identificar indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias a atos criminosos”, afirmou o ministro.
Entre os presentes, estava o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que chegou a dizer que “professor doutrinador é pior do que traficante”. As declarações foram feitas em cima de um trio elétrico.
“Se tivermos uma geração de pais que prestem atenção na criação dos filhos, tirem um tempo para ver o que eles aprendem nas escolas, não vai ter espaço para professor doutrinador querer sequestrar as nossas crianças. Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar e levar nossos filhos para o mundo do crime”, disse o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Eduardo Bolsonaro ainda afirmou que o Brasil caminha para a mesma direção da Venezuela.
“A Venezuela é o país mais violento do mundo, e o Brasil vai voltar a caminhar nesse sentido. Infelizmente, vai roubar muita vida de inocente, porque os caras do Ministério da Justiça não querem dar o acesso à legítima defesa a todos nós”.
O deputado também fez críticas à CPI que investiga os atos do 08 de janeiro. “Na CPI do 8 de janeiro, vi pró-armas recebendo um ataque e pessoas tentando vincular o pró-armas ao 8 de janeiro. Sabe o que isso significa? Que vocês estão fazendo um excelente trabalho”, salientou.
O grupo que se manifestou defende mudanças na legislação do país relacionadas ao porte e à posse de armas. Esta foi a primeira edição do ato.