Covidão em PE: TCE manda governo parar de usar Consórcio Nordeste para compras

O Tribunal de Contas de Pernambuco pediu que a Secretaria de Saúde do estado deixe de fazer compras relacionadas ao combate à Covid-19 por meio do Consórcio Nordeste.

Em “alerta de responsabilização” enviado ao governo na sexta, o conselheiro Carlos Porto disse que “as práticas do Consórcio já se revelaram inábeis, com expressivos prejuízos financeiros ao estado de Pernambuco”.

Porto se refere a dois contratos em que o governo gastou ao todo R$ 13,6 milhões em respiradores não entregues. A compra foi feita por meio do Consórcio Nordeste, que concordou com uma cláusula de pagamento integral antecipado, segundo noticiou O Antagonista na sexta.

O alerta enviado pelo conselheiro do TCE ao governo é uma forma de deixar claro à Secretaria de Saúde que ela não poderá mais alegar “desconhecimento do tema”.

A compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste também é alvo de investigações criminais. Como envolve governadores, o caso corre no Superior Tribunal de Justiça, onde eles têm prerrogativa de foro.

Veja os itens do Alerta de Responsabilização:

1)Deixar de fazer aquisições de insumos, produtos e equipamentos para o enfrentamento da Covid-19 através do Consórcio Nordeste, pois, em duas oportunidades, as práticas do Consórcio já se revelaram inábeis, com expressivos prejuízos financeiros ao Estado;

2) Ressarcir imediatamente o erário estadual das despesas realizadas, sem que tenha havido a entrega dos 30 ventiladores pulmonares, no valor de R$ 4.947.535,80;

3) Ressarcir imediatamente o erário estadual das despesas realizadas, sem que tenha havido a entrega dos 80 ventiladores pulmonares, no valor de R$ 8.743.680,00;

4) Registrar, tempestivamente, no e-Fisco, todos os pagamentos realizados pelos materiais adquiridos, mesmo que tenham ocorrido antecipadamente à entrega por exigência contratual;

5) Dar transparência à execução da despesa pública, de forma que os registros dos empenhos no e-Fisco, contemplem as especificações, detalhamentos, quantitativos e preços unitários de todos os materiais adquiridos;

6) Incluir todas as despesas feitas através do Consórcio Nordeste no Portal COVID-19 do Estado de Pernambuco.

DO Antagonista

MPF quer explicações do Ministério da Saúde sobre remoção de alerta contra falsa cura da covid-19 com feijões

arte retangular com fundo verde escuro com foto de feijão e uma seta amarela apontando para a planta. Há os dizeres porque isso é falso

O Ministério Público Federal (MPF) requisitou informações ao Ministério da Saúde sobre a remoção de uma página no site da pasta que alertava para a falsa cura da covid-19 por meio do cultivo de feijões. O aviso havia sido fixado a pedido do MPF e se referia a um anúncio de venda dos grãos supostamente milagrosos veiculado pelo pastor Valdemiro Santiago de Oliveira, da Igreja Mundial do Poder de Deus. Na sexta-feira (12), após o Ministério Público divulgar que a solicitação de publicação da advertência tinha sido cumprida, o conteúdo não estava mais disponível.

O aviso foi removido também da lista de alertas da pasta contra diversas “fake news” que vêm sendo disseminadas a respeito da covid-19. Nesta segunda-feira (15), quem tenta acessar o link original da publicação sobre os feijões se depara com uma mensagem de erro. “Pedimos desculpas pelo inconveniente, mas a página que você estava tentando acessar não existe neste endereço”, diz o texto. Porém, o conteúdo da publicação contra o anúncio do pastor Valdemiro Santiago ainda pode ser visualizado a partir de pesquisa no Google, por meio do acesso “em cache”.

No novo pedido encaminhado ao Ministério da Saúde, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (órgão do MPF em São Paulo) fixa um prazo de 10 dias para que a pasta informe os motivos da remoção do alerta e se essa decisão será mantida. Após a resposta, o Ministério Público avaliará a necessidade de instauração de um inquérito para apurar eventuais responsabilidades pela exclusão do conteúdo.

Os feijões foram anunciados pelo pastor em vídeos publicados no YouTube. A cura da covid-19, segundo o líder evangélico, seria alcançada se os fiéis adquirissem e semeassem os grãos, vendidos por até R$ 1 mil. Também a pedido do MPF, a plataforma de vídeos removeu o conteúdo, que não tinha nenhuma fundamentação científica e levava os espectadores a comprarem produtos cuja eficácia prometida não existe.

Estados e DF vão receber R$ 502 milhões para segurança pública

Capacitação

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) liberou R$ 502 milhões para a compra de novos equipamentos, viaturas e para a capacitação dos profissionais de segurança pública dos 26 estados e do Distrito Federal. 

Além deste montante, até o final do ano, haverá ainda um repasse de mais R$ 755 milhões que serão transferidos aos estados e Distrito Federal, totalizando assim R$ 1,2 bilhão. O valor será o maior já repassado pelo Ministério às forças de segurança pública locais.

O orçamento recorde reforçará as ações policiais preventivas e repressivas diretamente na ponta, descentralizando os recursos para as unidades da federação, oferecendo infraestruturas e melhores condições de trabalho para os agentes de segurança pública que atuam no combate à criminalidade, corrupção e enfrentamento da violência no País.

Atuação e estratégia

Os recursos são provenientes do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) e foram distribuídos diretamente aos fundos estaduais e distrital. O repasse foi possível após a sanção, pelo presidente Jair Bolsonaro, do Projeto de Lei do Congresso Nacional nº 7, em maio, que permite à União a transferência imediata de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Para as transferências, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) definiu dois eixos para o desenvolvimento de ações dos recursos: Enfrentamento à Criminalidade Violenta (Portaria nº 793/2019) e Valorização dos Profissionais de Segurança Pública (Portaria nº 790/2019).

O ministro da Justiça e Segurança Pública também afirmou, em reunião com o Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública, no último dia 10, que a pasta estuda a liberação de mais R$ 200 milhões até o fim do ano. 

O presidente do Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública, Cristiano Sampaio, afirmou que os recursos serão importantes para os estados investirem em questões estratégicas mais importantes na área de segurança pública, com benefícios direto aos cidadãos. 

Em Carutapera, agência do Banco do Brasil fecha após funcionário ser diagnosticado com o Covid-19

Agência Banco do Brasil em Carutapera (Foto: Kamaha/Reprodução)

A agência do Banco do Brasil na cidade de Carutapera,distante 240 quilômetros de São Luis, ficou fechada na manhã desta segunda-feira (15) para higienização, após um funcionário da agência ser diagnosticado com o Covid-19 o novo coronavírus .

Segundo a Agência, o empregado encontra-se em isolamento, com acompanhamento médico, enquanto a agência passará por higienização completa nesta manhã, a agência retornará as atividades de atendimento ao público após as medidas totais de higienização e desinfecção.

Até o último dia 13 (sábado), Carutapera já registrava 185 casos confirmados do novo coronavírus com 14 mortes e 158 casos em tratamento, a unidade de saúde com maior número de casos confirmados é a do centro com 71 casos segundo o Comitê de Prevenção e Enfrentamento ao Coronavírus.

Da Rádio Liberdade 

Pré-candidata à Prefeitura de São Luís, Detinha deve sofrer ação eleitoral por distribuição de vale-compras

A deputada estadual Detinha, pré-candidata do PL à Prefeitura de São Luís, deve ser alvo de representação eleitoral por abuso de poder econômico na pré-campanha, em virtude da participação e apoio a um projeto com distribuição de vale-compras na capital.

Já estão nas mãos do Ministério Público Eleitoral imagens da ação social Tenha Coração, organizada pela Associação BVBB (@ciavembb) no sábado (13). A intenção, ressalte-se, é nobilíssima: distribuir vale-compras de R$ 70 à população mais vulnerável da região do Cohatrac. Parte dos recursos para a ação foi arrecadada numa live do cantor Tom Cleber.

A participação da pré-candidata, no entanto, pode ser considerada crime eleitoral.

Além das fotos, a Cia. Vem BB registrou em seu Instagram o apoio da parlamentar. “Agradecemos incondicionalmente nossa Deputada Estadual Detinha @detinhaslz pelo apoio”, destacaram os organizadores da ação social.

Na sua página pessoal, a própria pré-candidata também postou uma imagem da sua presença no local. “A ação social Tenha Coração, resultado da arrecadação da live do Tom Cleber, iniciou-se hoje, no bairro do Cohatrac. Serão mais de 5 mil famílias beneficiadas e 30 bairros percorridos. Parabenizo a Associação BVBB @ciavembb, em nome do presidente Leandro Sávio, por toda organização do evento. É uma alegria para mim poder apoiar esse projeto tão bonito, no qual me identifico muito, pela forma cuidadosa e generosa que está sendo desenvolvido. Vamos seguir juntos nessa missão!”, escreveu ela.

Máscaras

Detinha e o marido, deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) já são alvo de uma ação na Justiça Eleitoral, após representação formulada pelo procurador regional eleitoral no Maranhão, Juraci Guimarães Júnior, em virtude de terem aparecido em redes sociais usando máscaras de proteção com o número e a logomarca do partido.

A atitude chegou a ser repudiada pelo presidente do TRE-MA, desembargador Cleones Cunha, na abertura de sessão plenária virtual.

Segundo o parlamentar, no entanto, a máscara foi um presente “de uma amiga”.

Do Gilberto Léda

Othelino Neto decreta luto oficial pela morte do deputado Zé Gentil

O deputado, ao lado de colegas de Plenário, no ato de comemoração aos 30 anos da Constituição Estadual, celebrado ano passado

O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto (PCdoB), decretou luto oficial de três dias pelo falecimento do deputado Zé Gentil (PRB), aos  80 anos, vítima de complicações decorrentes da Covid-19, às 4h45 desta segunda-feira (15), no Hospital Unimed de Teresina, onde estava internado desde o último dia  7. Empresário e político, Zé Gentil era pai de quatro filhos, entre eles o prefeito de Caxias, Fábio Gentil.

O parlamentar estava em seu terceiro mandato no Legislativo maranhense. Nas eleições de 7 de outubro de 2018, foi eleito deputado estadual pelo Republicanos, com 62.364 votos. Exerceu ainda a função nas legislaturas de 1987 a 1991 (deputado constituinte), 1995 a 1999 e, na atual, de 2019 a 2023. Antes, em 1982, exerceu mandato de vereador de Caxias, cidade onde nasceu, no dia 18 de maio de 1940.

Zé Gentil marcou história na política maranhense sendo um dos parlamentares constituintes que elaboraram a atual Constituição do Estado do Maranhão, promulgada em 5 de outubro de 1989. Por esse feito, foi homenageado pela Assembleia Legislativa no ato de comemoração dos 30 anos da Constituição Estadual, celebrado no ano passado. 

Ao assumir seu terceiro mandato no Parlamento Estadual, em 2019, Zé Gentil ganhou destaque com a aprovação do projeto RG+, entre muitos outros que apresentou na Casa, em benefício da população maranhense.

Vítima da Covid-19, o deputado teve seu estado agravado por conta de suas comorbidades – diabetes, hipertensão e doença renal crônica. No domingo, ele teve uma parada cardiorrespiratória e seu estado de saúde piorou ainda mais, vindo a falecer na madrugada desta segunda-feira (15).

O presidente Othelino Neto emitiu nota de pesar na qual lamenta o falecimento do parlamentar e amigo. “A morte de Zé Gentil é um fato lamentável para todos nós da Assembleia Legislativa, amigos, familiares e, especialmente, para a população de Caxias. Embora passasse uma certa timidez, ele era sempre muito determinado em seus posicionamentos. Era uma pessoa muito educada e verdadeira. Com certeza, fará muita falta para todos nós, disse.

Veja abaixo a íntegra da nota emitida pelo presidente Othelino Neto:

NOTA DE PESAR

A Assembleia Legislativa do Maranhão manifesta profundo pesar pelo falecimento do deputado estadual José Gentil (PRB), aos 80 anos, nesta segunda-feira (15). Em razão desta grande perda, o Parlamento maranhense decreta luto oficial de três dias.

Zé Gentil, como era conhecido, estava no seu terceiro mandato como deputado estadual, exercendo a função nas legislaturas 1987 a 1991 (deputado constituinte), 1995 a 1999 e, na atual, de 2019 a 2023. 

Pai de quatro filhos, entre eles o prefeito de Caxias, Fábio Gentil, o falecimento de Zé Gentil deixa uma imensa lacuna na política do Estado e enluta os cidadãos e cidadãs caxienses e de todo o Maranhão.

Neste momento de dor, a Assembleia Legislativa transmite irrestrita solidariedade aos familiares, amigos, admiradores, e à população de Caxias em geral, que perde um grande líder político e apaixonado por essa cidade tão querida. Deus o receba em paz!

Deputado Othelino Neto
Presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão

Sara Winter, líder do grupo 300 do Brasil, é presa pela Polícia Federal

Principal líder do grupo 300 do Brasil, a militante Sara Winter  foi presa nesta segunda-feira (15), pela Polícia Federal em Brasília. A ordem de prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Mais cinco organizadores do 300 do Brasil também foram presos. As prisões são temporárias e têm a duração de cinco dias.

No sábado(13) o acampamento foi desmanchado por policiais do Distrito Federal. O grupo de extrema-direita defende o presidente Jair Bolsonaro e uma intervenção militar. Acampados na Praça dos Três Poderes desde o início de maio, o grupo tem promovido atos contra o Congresso e o STF. Sara já disse que os integrantes do acampamento tinham armas.

A Secretaria de Segurança do DF afirmou por nota que o grupo era ilegal. Para o Ministério Público, o movimento é uma “milícia armada”.

Os pedidos de prisão foram apresentados na sexta-feira (12) a partir de indícios obtidos pelo Ministério Público Federal (MPF) de que o grupo continua organizando e captando recursos financeiros para ações que se enquadram na Lei de Segurança Nacional (Lei 7.170/1983), objeto do Inquérito 4.828. O objetivo das prisões temporárias é ouvir os investigados e reunir informações de como funciona o esquema criminoso.

O pedido de abertura do inquérito dos atos antidemocráticos foi feito em 20 de abril pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, com a finalidade de apurar fatos em tese delituosos envolvendo a organização de manifestações contra o regime da democracia participativa brasileira, por vários cidadãos, inclusive deputados federais, o que justificou a competência do STF.

Na ocasião, Augusto Aras afirmou que “o Estado brasileiro admite única ideologia que é a do regime da democracia participativa. Qualquer atentado à democracia afronta a Constituição e a Lei de Segurança Nacional”.

Sara também é investigada no inquérito das fake news, relatado por Moraes. No início do mês, ela publicou em suas redes sociais vídeos ameaçando o ministro.

Deputado Zé Gentil morre vítima de Covid-19

Deputado estadual Zé Gentil morre vítima da Covid-19 - Enquanto ...

Morreu na madrugada desta segunda-feira (15) o deputado estadual Zé Gentil (Republicanos), vítima de Covid-19.

O parlamentar estava internado em Teresina desde o dia 7 de junho e teve um grave piora do seu quadro de saúde no ontem (14), segundo boletim médico emitido pelo médico Rafael Lima, diretor-técnico do Hospital Unimed Primavera, na capital piauiense, onde ele estava internado.

De acordo com o comunicado médico, Gentil apresentou “instabilidade hemodinâmica e parada cardiorrespiratória” e mantinha-se “grave, instável, com ventilação mecânica e necessidade de drogas vasoativas”.

O parlamentar tinha 80 anos e era pai do prefeito de Caxias, Fábio Gentil (Republicanos).

MPF determina abertura de inquérito policial contra agressão ao STF na noite de sábado (13)

Imagem mostra fogos de artifícios lançados contra prédio do STF em Brasília

O Ministério Público Federal (MPF) determinou, neste domingo (14), a abertura imediata de inquérito policial para investigar o lançamento de fogos de artifício em direção ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) na noite desse sábado (13). Também foi solicitada perícia no local a fim de identificar danos ocorridos no edifício e resguardar provas processuais. Na ocasião, os envolvidos desferiram ofensas e xingamentos aos ministros do STF, perguntando, em tom de ameaça, se os magistrados haviam entendido o recado, bem como dizendo que se preparassem. O pedido foi solicitado pelo plantão do MPF após representação apresentada de ofício, na tarde deste domingo (14).

O procedimento tramita em regime de urgência e sob caráter reservado por questões relacionadas à inteligência das informações. Na representação inicial, foi apontada a gravidade das condutas identificadas por serem dirigidas ao órgão máximo do Poder Judiciário. Para o MPF, os atos podem ser enquadrados na Lei de Segurança Nacional, nos crimes contra a honra, além da Lei de Crimes Ambientais por abranger a sede do STF, situada em área tombada como Patrimônio Histórico Federal.

A determinação para a abertura de inquérito policial foi feita pela própria representante do MPF de plantão neste domingo. Posteriormente, o procedimento será distribuído para um ofício criminal e outro de atuação relacionada ao patrimônio histórico e cultural da Procuradoria da República do Distrito Federal.

Grupo de Apoio – O documento que motivou o pedido de inquérito na Polícia Federal foi assinado por seis procuradores. Eles compõem um Grupo de Apoio designado para atuar em procedimentos relacionados ao combate a atos potencialmente lesivos ao regime representativo e democrático, à Federação e ao Estado de Direito, bem como ao livre exercício dos Poderes constituídos. O grupo é formado por 11 procuradores da República no Distrito Federal e foi instituído em 4 de junho, por meio de portaria publicada pelo procurador-chefe da unidade, Cláudio Drewes.

‘Cobiça Fatal’ foi ponto de partida, afirma titular da CGU no MA

Primeira mulher a assumir o comando da Superintendência da Controladoria Geral da União (CGU) no Maranhão, Leylane Maria da Silva é auditora do órgão de fiscalização e controle há 17 anos e, nesta semana, esteve, junto com a Polícia Federal, à frente de uma operação desencadeada para coibir desvios de recursos destinados ao combate à pandemia do novo coronavírus em pelo menos seis municípios do Maranhão, inclusive São Luís.

Segundo ela, contudo, este foi apenas o ponto de partida para uma série de fiscalizações de verba federal empregada contra a Covid-19 em todo o Maranhão.

“Desde o início da pandemia e assim que começaram os repasses de recursos para os estados e municípios, a CGU começou a levantar os dados correspondentes”, destacou.

A titular da CGU aponta, ainda, que não apenas municípios, mas também o Governo do Estado e até órgãos federais podem entrar na mira das fiscalizações, desde que haja indícios de irregularidade.

Para Leylane da Silva, além da atuação coordenada com outros órgãos como a PF, o TCE e o Ministério Público, a CGU conta com a colaboração da população para chegar aos malfeitos. “A população é quem mais tem condições de reportar de forma enriquecida o que está acontecendo na sua realidade local, o que pode ajudar bastante a desbaratar esquemas de desvios. Os canais de denúncia estão abertos e disponíveis”, ressaltou.

Nesta semana a Controladoria Geral da União (CGU), em conjunto com a Polícia Federal, desbaratou um suposto esquema de fraude em licitações em pelo menos seis municípios do Maranhão, São Luís incluída. Pode-se dizer que a Operação Cobiça Fatal foi o ponto de partida para uma atuação mais efetiva contra desvios de recursos destinados ao combate à Covid-19?

Com certeza. Desde o início da pandemia e assim que começaram os repasses de recursos para os estados e municípios, a CGU começou a levantar os dados correspondentes para buscar uma atuação coordenada juntamente com os órgãos da Rede de Controle da Gestão Pública no Maranhão. Todos os órgãos estão atuando dentro das suas competências. Além do contrato que foi objeto da Operação Cobiça Fatal, vários outros contratos suspeitos estão sendo acompanhados pela CGU neste momento, com o repasse e a troca de informações entre os órgãos parceiros em tempo real.

Já foi possível rastrear o destino do dinheiro desviado no caso da compra superfaturada de máscaras em São Luís? E qual pode ter sido a participação efetiva de servidores da Semus?

O rastreio dos recursos desviados será possível com a análise dos dados do sigilo bancário dos envolvidos, afastado por decisão do Juízo da 1ª Vara Federal do Maranhão. De forma bastante resumida eu diria que os mesmos agentes públicos que participaram – do início ao fim – do processo de contratação de 100 mil máscaras ao preço unitário de R$ 2,90 no dia 30 de março, foram os mesmos que participaram da contratação de 320 mil máscaras ao valor unitário de R$ 9,90 a partir de cotações de preços apresentadas apenas 3 dias após a contratação de 30 de março, ignorando o fato de que as propostas de preços nos valores de R$ 3,00 e R$ 3,50 constantes do Processo nº 17637 ainda estavam dentro do prazo de validade. O que justificaria um órgão ter adquirido máscaras a R$ 9,90 a unidade, se poderia ter aproveitado as propostas de preços constantes de um processo feito poucos dias antes, com valores bem inferiores, R$ 3,00 e R$ 3,50 e que, frise-se, ainda estavam válidas e se encontravam à disposição da Secretaria de Saúde?

Além de contratos com prefeituras, a CGU analisa, junto com a PF, a aplicação de recursos de enfrentamento ao Covid-19 pelo Governo do Estado?

Sim. A CGU analisa a aplicação de qualquer recurso público destinado ao enfrentamento do Covid-19 pelos municípios, pelo Estado, pelos órgãos e entidades do Governo Federal e por entidades privadas sem fins lucrativos, necessitando apenas que o recurso seja de origem federal.

Há uma diretriz geral de apuração, para se “seguir o dinheiro”, ou a CGU trata caso a caso?

A partir dos repasses que são feitos para os entes subnacionais e órgãos do governo federal, a CGU levanta todos os dados correspondentes e faz uma avaliação preliminar de riscos das contratações para elencar as prioridades de atuação. Essa análise envolve a avaliação do valor total do contrato (materialidade), valor unitário dos itens contratados (possibilidade de sobrepreço e superfaturamento de valor), objeto do contrato (compatibilidade quantitativa e qualitativa do contrato), empresa contratada (capacidade de fornecer o objeto, empresas de fachada ou constituídas e nome de laranja, etc.), existência de pagamentos antecipados e outros indicadores. Todos esses dados são levantados a partir de consultas de sistema e cruzados para então se definir em quais contratações atuar.

Existe alguma estimativa de qual o montante dos recursos para aplicação na pandemia a serem fiscalizados?

Qualquer valor repassado pelo Governo Federal pode ser fiscalizado pela CGU. Não há uma definição de valores para tanto. As fiscalizações serão realizadas a partir das análises de riscos e levando-se em conta a capacidade operacional da CGU. Neste momento uma boa parte da nossa capacidade operacional está dedicada exclusivamente para acompanhamento dos gastos no enfrentamento do Covid-19. As atividades de fiscalização poderão permanecer, mesmo depois de debelada a pandemia.

Em se tratando de 217 municípios existentes no Maranhão, a CGU possui aparato para uma investigação dessa magnitude ao mesmo tempo?

A partir da análise de riscos que a CGU realiza eu diria que temos capacidade para enxergar grande parte dos problemas. E a CGU não está sozinha nessa tarefa. A atuação com órgãos parceiros da Rede de Controle da Gestão Pública amplifica esse acompanhamento.

A população pode ajudar a CGU a fiscalizar os recursos públicos a serem aplicados nos seus municípios?

A análise de riscos da CGU também contempla os casos das denúncias que são recebidas. A população é quem mais tem condições de reportar de forma enriquecida o que está acontecendo na sua realidade local, o que pode ajudar bastante a desbaratar esquemas de desvios. Os canais de denúncia estão abertos e disponíveis tanto fisicamente no protocolo da CGU, quanto eletronicamente por meio da Plataforma Falabr no endereço eletrônico http://falabr.cgu.gov.br.

Imagino que deva ser gratificante, por meio das fiscalizações, conseguir barrar uma ação corrupta de um gestor público, principalmente em meio à pandemia do novo coronavírus. Mas é também frustrante saber que, em meio a tanta dor, a tantas perdas, há pessoas pensando em desviar recursos que poderiam salvar vidas?

Essa difícil realidade faz parte do cotidiano dos nossos trabalhos e isso nos traz um dever maior e uma sensibilidade no cumprimento do nosso mister, tanto em agir repressiva, quanto em agir preventivamente. Nesse momento de pandemia e de risco de morte de muita gente, os desvios chocam mais ainda. Nos últimos anos, a CGU tem investido sobremaneira em fortalecer os mecanismos de controle, de forma a impedir o cometimento de fraudes e minimizar os desvios de recursos públicos, incentivando e cobrando a transparência pública, fortalecendo o controle social, buscando instrumentos mais transparentes nas aquisições públicas – a exemplo da exigência do pregão eletrônico-, buscando a atuação em parceria e de forma coordenada com as diversas instituições de defesa do Estado, trocando dados e informações com estruturas de controle dos entes subnacionais, impedindo repasses de valores indevidos, dentre muitas outras. Mas é certo que ainda há um longo caminho a ser percorrido até que vejamos a totalidade dos recursos serem efetivamente aplicados nas políticas públicas.

Passado estado de calamidade decretado por conta da pandemia, haverá algum prazo especial para a prestação de contas dos recursos aplicados? Ou eles devem ser informados na prestação de contas padrão, ao fim do exercício financeiro?

O acompanhamento dos gastos permanece enquanto for necessário. Não há prazo específico para a prestação de contas dos repasses para o enfrentamento do Covid-19. Mas isso não impede em nada o trabalho da CGU em acompanhar os gastos, a exemplo do que aconteceu com a fiscalização dos recursos aplicados pela Prefeitura de São Luís na compra de máscaras. A CGU não precisou solicitar nenhum documento ao município e mesmo assim fez um trabalho bem robusto e consistente sobre a contratação e o fornecimento.

Do Estadão

Para Luiz Fux, Forças Armadas são órgãos de Estado, não de governo

Ministro Fux concede liminar e impede que União bloqueie R$ 612 ...

O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, deferiu parcialmente pedido de liminar na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6457 para que a Corte dê interpretação conforme a Constituição Federal a dispositivos de leis que tratam do emprego das Forças Armadas. Na decisão, o ministro determinou, ainda, que a medida liminar seja submetida a referendo do Plenário.

A ação, proposta pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), tem como objeto dispositivos da Lei Complementar 97/1999, com alterações introduzidas em 2004 e 2010. O partido questiona pontos que tratam da hierarquia “sob autoridade suprema do presidente da República”; da definição de ações para destinação das Forças Armadas conforme a Constituição; e da atribuição do presidente da República para decidir a respeito do pedido dos demais Poderes sobre o emprego das Forças Armadas.

Referendo

Ao deferir parcialmente a medida liminar, para referendo do Plenário, o ministro Luiz Fux ressalta que a missão institucional das Forças Armadas na defesa da Pátria, na garantia dos poderes constitucionais e na garantia da lei e da ordem não acomoda o exercício de poder moderador entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Para ele, a chefia das Forças Armadas é poder limitado, “excluindo-se qualquer interpretação que permita sua utilização para indevidas intromissões no independente funcionamento dos outros Poderes, relacionando-se a autoridade sobre as Forças Armadas às competências materiais atribuídas pela Constituição ao presidente da República”.

Luiz Fux também frisou que a prerrogativa do presidente da República de autorizar o emprego das Forças Armadas, por iniciativa própria ou em atendimento a pedido manifestado por quaisquer dos outros poderes constitucionais, não pode ser exercida contra os próprios Poderes entre si. “O emprego das Forças Armadas para a ‘garantia da lei e da ordem’, embora não se limite às hipóteses de intervenção federal, de estados de defesa e de estado sítio, presta-se ao excepcional enfrentamento de grave e concreta violação à segurança pública interna, em caráter subsidiário, após o esgotamento dos mecanismos ordinários e preferenciais de preservação da ordem pública”, assentou o ministro, ao lembrar que a ação deve ocorrer mediante a atuação colaborativa das instituições estatais e sujeita ao controle permanente dos demais Poderes, na forma da Constituição e da lei.

Leia a íntegra da decisão.

Pesquisa aponta que 70% dos maranhenses são a favor da reabertura do comércio

Rua Grande é a principal avenida do comércio popular em São Luís — Foto: Divulgação/Prefeitura de São Luís

Um estudo realizado pela Escutec em parceria com o jornal “O Estado” revelou que 70% dos maranhenses são a favor da reabertura do comércio. A pesquisa que foi realizada entre os dias 4 e 9 de junho respectivamente entrevistou um total de duas mil pessoas.

Ainda de acordo com a pesquisa, 27% dos entrevistados não são a favor da mudança imposta pelo governo do estado de flexibilizar as medidas de isolamento durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e 3% não souberam e não quiseram se posicionar sobre o assunto.

Há cerca de duas semanas as atividades comerciais no Maranhão estão sendo abertas de maneira gradativa. Até o momento já foram autorizados a reabertura de pequenos comércios, estabelecimentos de material de construção, salões de beleza e templos religiosos. Na próxima segunda-feira (15) estarão aptos a retornar as suas atividades os shopping centers seguindo as normas sanitárias.

Além dos assuntos relacionados a reabertura do comércio, a pesquisa também escutou os maranhenses sobre a aprovação deles em relação as atitudes tomadas pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) no que diz respeito ao enfrentamento da pandemia do novo coronavírus no estado.

Segundo a pesquisa, 59% dos maranhenses aprovam as atitudes do governador, 23% não estão concordando, 16% afirmaram não concordar com, nem discordar sobre o questionamento e apenas 2% preferiram não se posicionar.

Perguntados sobre o mesmo assunto levando em consideração as atitudes do presidente da República, Jair Bolsonaro, 24% dos maranhenses são a favor da posição adotada por Bolsonaro e um total de 61% não aprovam.

A avaliação dos dois governos, de forma geral, também são semelhantes. Conforma o levantamento, 57% dos maranhenses aprovam a governo de Flávio Dino enquanto que contra 35% desaprovam. Já 8% do povo maranhense não soube ou não preferiu não responder. Somente 34% dos maranhenses concordam com a administração de Jair Bolsonaro. A desaprovação, nesse caso, chega a 60%.

Operação “Varredura” da Polícia Militar apreende carga de cigarros em Caxias

Operação acoonteceu na noite dessa quinta-feira (11) — Foto: Divulgação/PMMA

A Polícia Militar do Maranhão apreendeu uma carga de cigarros contrabandeada na noite dessa quinta-feira (11). A apreensão faz parte da Operação Varredura e aconteceu em Caxias, que fica localizada a 362 km de São Luís.

De acordo com a Polícia Militar foram apreendidos um total de 600 pacotes de cigarros e a R$ 42.970,00 em espécie. A barreira para realizar a apreensão foi montada na MA-034.

Segundo boletim da PM, militares se localizaram no povoado Descanso, zona rural de Caxias, quando abordaram um automóvel, VW/Space Fox, cor branca, placa OEG-2013, Teresina-PI. Após revista, encontraram os cigarros e o dinheiro.

A PM informou que o condutor, o veículo e os materiais apreendidos foram encaminhados e apresentados na Delegacia de Polícia Federal de Caxias.

MP apura transferência de 2,8 mil títulos de eleitor para Paço do Lumiar

Atendendo a pedido feito por sete partidos políticos ((PSC, Rede, PSL, PSDB, MDB, PROS e DC), o Ministério Público instaurou procedimento para investigar a transferência de 2.868 títulos de eleitor para o município Paço do Lumiar nos primeiros quatro meses de 2020, período que coincide com a pandemia de novo coronavírus. As siglas partidárias levantam suspeitas de irregularidade nas mudanças de domicílio eleitoral, já que a crise de saúde pública provocada pela Covid-19 suspendeu os atendimentos presenciais na Justiça Eleitoral e restringiu o deslocamento de pessoas entre as cidades.

Por meio da Portaria Eleitoral n° 04/2020, da 93a Zona Eleitoral, da qual faz parte o município de Paço do Lumiar, a promotora Nadja Veloso Cerqueira instaurou procedimento preparatório eleitoral para apurar, em um prazo de 60 dias, com possibilidade de prorrogação, possível abuso de poder econômico e elucidar a sua autoria. Para tanto, determinou a adoção das seguintes diligências:

Remeter cópia da portaria ao procurador regional eleitoral e à juíza da 93a Zona Eleitoral;

Remeter ofício, em caráter de urgência, ao cartório da 93a Zona Eleitoral, para que forneça à Promotoria Eleitoral as seguintes informações:

Numero de eleitores cadastrados para as eleições de 2018 em Paço do Lumiar;

Número atual de eleitores aptos para votar nas eleições de 2020 em Paço do Lumiar;

Número de títulos eleitorais transferidos para Paço do Lumiar de janeiro a maio de 2020 (mês a mês);

Número de títulos presenciais transferidos para Paço do Lumiar de janeiro a maio de 2020 (mês a mês);

Número de títulos online transferidos para Paço do Lumiar de janeiro a maio de 2020 (mês a mês).

Suspeita

Na nota conjunta encaminhada ao Ministério Público Eleitoral, com pedido de apuração dos fatos, os sete partidos levantam a suspeita de que um grupo político com atuação em Paço do Lumiar estaria envolvido na transferência em massa de títulos de eleitor para o município durante a pandemia.

A prática, classificada como nefasta e fraudulenta pelas agremiações partidárias que assinam a nota, teria como objetivo a conquista da vitória de forma ilícita nas eleições municipais deste ano.

Precedente

Os partidos citam na nota um caso envolvendo esse tipo de fraude ocorrido no ano eleitoral de 2006, quando o irmão de um candidato foi preso pela Polícia Militar com 500 títulos falsos.

Além de pedir ao MP a investigação das transferências de domicílio eleitoral, os sete partidos solicitam a suspensão imediata dos 2.868 títulos emitidos em plena pandemia.

Do blog do Daniel Matos

Maranhão prepara chegada de mais 170 mil testes para coronavírus, anuncia governador Flávio Dino

O Maranhão ultrapassou a marca dos 93 mil testes realizados para a Covid-19. O indicador faz com que o estado figure entre as três unidades da federação com maior volume de testes para o novo coronavírus. 

O número, que já é expressivo em relação ao contexto nacional, deve crescer ainda mais nas próximas semanas. 

O governador Flávio Dino afirmou que “a meta é triplicar o número”, com a entrega de mais 70 mil testes para os municípios nesta semana e a compra de outros 100 mil exames. 

“Estamos em um trabalho desde o início de garantir que haja máxima testagem possível para que nós possamos ter um panorama o mais exato quanto possível acerca da ocorrência do coronavírus no nosso estado. Nas próximas semanas, a nossa previsão é de triplicar o número de testes”, frisou o governador. 

Segundo o governador, esse “esforço de testagem” é essencial para que o governo e as prefeituras municipais adotem medidas para controle do contágio e para que o Maranhão mantenha um baixo índice de subnotificação. 

“Faço questão inclusive de sublinhar estudo divulgado nesse final de semana que registra que há estados brasileiros que têm uma baixa taxa de coronavírus anunciada, porém tem altíssimas taxas de óbitos indeterminados ou mesmo derivados de outras Síndromes Respiratórias Agudas Graves [SARS]”, ressaltou. 

“Nós estamos procurando exatamente ter certeza quanto aos casos de coronavírus e por isso mesmo já temos esse indicador que, nacionalmente, é um dos maiores”, completou Flávio Dino. 

“Queremos transparência”

Nesta quarta-feira (10), em entrevista à TV Mirante, Flávio Dino voltou a falar sobre o empenho estadual em ampliar o número de testes para a doença no Maranhão. 

O governador reforçou a importância da transparência de dados para o controle da pandemia.  

“Enquanto houver a presença do coronavírus no Maranhão, nós vamos fazer testes. Nosso interesse é que as pessoas tenham o seu direito assegurado de saber se elas estão doentes ou não. Computamos em nossos boletins diários todos os resultados de testes que nós recebemos, porque nós queremos transparência e seriedade no combate ao coronavírus”, pontuou o governador.

VÍDEO! Veja navio Stellar Banner sendo afundado na costa do MA

Barco ALP Defender inicia retirada de óleo do navio Stellar Banner, encalhado na costa do Maranhão — Foto: Capitania dos Portos

Após três meses encalhado, o navio mercante sul-coreano Stellar Banner foi afundado às 10h desta sexta-feira (12), na costa do Maranhão. De acordo com a Marinha do Brasil, a operação foi iniciada às 5h e os procedimentos transcorreram como planejados pelas autoridades ambientais.

A Marinha informou que a fase de preparação para o afundamento ocorreu de acordo com pareceres da Sociedade de Proteção e Indenização (P&I) e da organização ITOPF (International Tanker Owners Polutions Federation), que são mundialmente reconhecidas por boas práticas de questões ambientais.

Pelos próximos três dias, vão permanecer na área quatro embarcações para verificar possíveis objetos que possam se soltar do navio ou manchas de óleo no oceano. São eles: o AHTS (Anchor Handling Tug Supply) Bear, o OSRV (Oil Spill Response Vessel) Água Marinha, o OSV (Offshore Support Vessel) Normand Installer e o Navio de Apoio Oceânico ‘Iguatemi’, da Marinha do Brasil.

Além disso, a aeronave Poseidon, contratada pelo Ibama, realizou voos de monitoramento na manhã desta sexta e também vai permanecer no local nos próximos dias. A Capitania dos Portos do Maranhão vai manter a fiscalização das atividades no local, junto com o Ibama e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema).

Governo de São Paulo vai testar e produzir vacina contra coronavírus

O Governador João Doria anunciou nesta quinta-feira (11) uma parceria inédita entre o Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac para produção e testes em estágio avançado de uma vacina contra o coronavírus. O acordo prevê testagem em 9 mil voluntários no Brasil e fornecimento de doses até junho de 2021, caso a imunização se prove eficaz e segura. Clique aqui para acessar a apresentação do Instituto Butantan sobre a novidade.

“Hoje é um dia histórico para São Paulo e o Brasil, assim como para a ciência mundial. O Instituto Butantan fechou acordo de tecnologia com a gigante farmacêutica Sinovac Biotech para a produção da vacina contra o coronavírus”, declarou o Governador.

“A vacina do Butantan é das mais avançadas. Estudos indicam que ela estará disponível no primeiro semestre de 2021. Com ela, poderemos imunizar milhões de brasileiros”, reforçou Doria.

Etapa final

A vacina é chamada de CoronaVac pela farmacêutica chinesa e já foi administrada com sucesso em cerca de mil pessoas na China nas fases clínicas um e dois – antes, já havia sido aprovada em testes de laboratório e em macacos. Com o controle da pandemia na Ásia, a empresa sediada em Pequim buscava cooperação com outros países para dar sequência à etapa final de testes.

“Poucos meses após a confirmação do primeiro caso de COVID-19 no país, São Paulo vai liderar um ensaio clínico fase três e se prepara para iniciar a produção nacional de uma vacina promissora, que poderá ser disponibilizada em tempo recorde na rede pública de saúde”, afirmou o Diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas.

Com a formalização do acordo, o Butantan submeterá a proposta de ensaio clínico à aprovação dos comitês de ética e pesquisa. Após o aval, a testagem poderá ser iniciada em julho.

O ensaio clínico vai verificar eficácia, segurança e o potencial do medicamento para produção de respostas imunes ao coronavírus nos 9 mil voluntários. O Butantan vai preparar centros de pesquisa para condução dos estudos em todo o Brasil.

Se a vacina for aprovada, a Sinovac e o Butantan vão firmar acordo de transferência de tecnologia para produção em escala industrial tanto na China como no Brasil para fornecimento gratuito ao SUS (Sistema Único de Saúde). Os passos seguintes são o registro do produto pela Anvisa e fornecimento da vacina em todo o Brasil.

“Estamos orgulhosos de participar da luta contra a COVID-19 e esperamos trabalhar com o Instituto Butantan para ajudar o povo do Brasil. Com a parceria, a Sinovac poderá aumentar a velocidade sem precedentes de desenvolvimento do CoronaVac sem comprometer nossos altos padrões e procedimentos de segurança”, disse em nota o Presidente e CEO da Sinovac, Weidong Yin.

Como funciona

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), há cerca de 136 candidatas a vacinas contra o coronavírus em estudos em todo o mundo, mas somente dez estão na fase de ensaio clínico, que permite testagem em humanos. A vacina da Sinovac é baseada na manipulação em laboratório de células humanas infectadas com o coronavírus.

A vacina, então, é produzida com fragmentos “desativadas” do coronavírus para inoculação em humanos. Com a aplicação da dose, o sistema imunológico passaria a produzir anticorpos contra o agente causador da COVID-19.

É o mesmo princípio usado em outras vacinas globalmente bem-sucedidas, como as do sarampo e poliomielite. O Butantan é o principal produtor de soros e vacinas do Brasil e possui expertise reconhecida em todo o mundo em tecnologias de imunização.

“Pela primeira vez, estamos apresentando aqui uma forma de prevenção dessa doença, a maneira correta para podermos atuar, no futuro, no sentido de atender à população e de resolver essa pandemia”, salientou o Coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus do Estado, Carlos Carvalho.

Ampla cooperação

O Governador lembrou que a possibilidade de parcerias específicas entre o Estado e grandes empresas chinesas, como a Sinovac, teve início em agosto de 2019. Foi quando o Governo de São Paulo inaugurou um escritório comercial em Xangai.

Com o escritório na China, São Paulo fortaleceu e ampliou as relações econômicas com o país asiático, que é o maior parceiro comercial do Brasil em todo o mundo.

“Essa parceria entre o Butantan e a Sinovac é prova do apoio e investimento do Governo de São Paulo em ciência e tecnologia. E também na cooperação internacional e na boa relação com as nações”, completou Doria.

Decisão do TCE-MA dá mais transparência a gastos com enfrentamento ao Covid-19

03.06.2020 - DECISÃO NORMATIVA

Por meio de Decisão Normativa do Tribunal de Contas do Maranhão (TCE-MA), os fiscalizados estaduais e municipais do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão agora são obrigados a disponibilizar as contratações ou aquisições realizadas nos sítios e/ou portais de transparências específicos, referentes aos gastos com aquisições de insumos e contratação de serviços decorrentes das medidas de enfrentamento do novo coronavírus (Covid-19).

A publicação também deverá informar de maneira expressa e clara o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal, o prazo contratual, o valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição.

O descumprimento dessa obrigação implicará em multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais), por evento não informado, aos responsáveis. A sanção será aplicada quando, mesmo cumprindo a obrigação de publicidade/transparência nos sítios ou portais, estes contiverem elementos incorretos ou inverídicos.

O secretário de Fiscalização do TCE-MA, Fabio Alex de Melo, ressalta a pertinência da Decisão Normativa, enfatizando a importância de orientar e dar maior segurança para os gestores públicos poderem realizar ações necessárias enquanto durar a pandemia. “A Decisão Normativa propicia segurança para todos. O que o TCE-MA continua fazendo é dar seguimento a sua função pedagógica, tendo como alvo final a sociedade, que é quem, afinal, vai receber os serviços públicos com transparência, o que resulta em mais qualidade”, avalia Fábio Alex.

Veja as regras que lojas de rua e shopping precisam seguir para reabrir a partir de segunda (15)

Portaria publicada pela Casa Civil do Governo do Maranhão estabeleceu uma série de regras sanitárias para o funcionamento de todo o setor lojista no Estado a partir da próxima segunda-feira, dia 15 de junho. 

Isso quer dizer que, além das regras gerais que valem para todos os estabelecimentos e que haviam sido divulgadas anteriormente, as lojas precisam seguir também medidas específicas. 

Parte do setor lojista já estava autorizada a funcionar. Agora, a partir de 15 de junho, como já estava previsto, as demais lojas de rua e de shopping (tais como sapatarias, lojas de roupas e presentes) também podem reabrir. 

Mas continua proibido o funcionamento de praças de alimentação, cinemas, áreas infantis e quaisquer grandes promoções ou eventos que possam causar grandes aglomerações ou gerar tumultos.

Os restaurantes, lanchonetes, bares e similares localizados em galerias e shopping centers somente poderão funcionar com delivery (entrega) ou drive-thru (retirada no local) . Essa regra já valia para esse tipo de estabelecimento fora do shopping também. 

Ou seja, qualquer bar, restaurante ou similar – dentro ou fora de shopping – não pode vender para consumo no local. Academias de ginástica também não podem reabrir ainda. 

Limite de clientes

Como em todos os locais públicos e privados de uso coletivo, o uso de máscaras é obrigatório, bem como a higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel. 

As lojas só podem deixar entrar clientes até o limite de 30% de sua capacidade. Ou seja, se normalmente cabem dez pessoas na loja, só podem entrar três ao mesmo tempo. E precisam manter distância de dois metros entre elas. 

Se houver mais gente querendo entrar, deve haver fila do lado de fora com distância de pelo menos dois metros entre as pessoas. A regra dos 30% também vale para o estacionamento da loja. 

Bancos e sofás deverão ser retirados para garantir a circulação constante de pessoa.

É preciso criar horários específicos para tender idosos e adultos do grupo de risco. 

Higienização

Nos shoppings, além de pontos de higienização das mãos na entrada e na saída, estes também devem ser oferecidos a cada 20 metros pelo menos.

Todas as lojas devem higienizar os ambientes, com especial atenção a vitrines, provadores e outras áreas de contato direto com o público, pelo menos uma vez a cada quatro horas. 

As lojas que tiverem provadores devem higienizar imediatamente o produto após o cliente experimentar. 

O estoque exposto de roupas e sapatos deve ser pulverizado a cada duas horas com álcool 70% ou similar.

Deve haver proteção de vidro ou acrílico nos caixas e mesas de atendimento. O ambiente deve ser o mais arejado possível. 

Não podem ser distribuídos materiais gráficos (folhetos, revistas, etc) e nem serem usados tablets e smartphones da loja pelos clientes. 

Fica vedado o uso de sacolas reutilizáveis, devendo ser recomendado aos clientes o descarte das sacolas utilizadas.

O serviço de manobrista continua suspenso, assim como o empréstimo de carrinhos de bebês nos shopping centers. 

Horários dos estabelecimentos

Para evitar aglomeração nos transportes públicos, cada segmento precisa adotar um horário diferente de início das atividades. Fica assim:

Começam entre 5 e 7 horas: postos de combustíveis e panificadoras

Começam entre 6 e 8 horas: supermercados; área de saúde; indústrias alimentícias; indústrias farmacêuticas; e construção civil

Começam entre 7 e 9 horas: agências loterias; vigilantes, zeladores e porteiros; farmácias e drogarias; oficinas mecânicas e borracharias; lojas de produtos agropecuários e veterinários; hospitais e clínicas veterinárias; e agências lotéricas

Começam entre 9 e 11 horas: bancos; salões de beleza; lojas de veículos; e comércios de rua que estejam autorizados a funcionar.

Os prefeitos podem editar regras mais rígidas nos municípios, de acordo com a análise da evolução da doença.

Igrejas são autorizadas a reabrir com metade da capacidade e regras sanitárias

A Casa Civil do Governo do Maranhão publicou nova portaria autorizando a reabertura das organizações religiosas em todo o Estado, desde que sigam uma série de regras para evitar a disseminação do coronavírus.

A Portaria 038 já está valendo. As organizações religiosas, como igrejas, precisam seguir tanto as regras gerais (que valem para todos os estabelecimentos) quanto as específicas para esse segmento. 

Entre as regras, está a de que as organizações religiosas só podem funcionar com metade de sua capacidade. Para assegurar o cumprimento dessa medida, devem ser retirados bancos, cadeiras e similares até que se atinjam os 50% de capacidade ou fazer marcações para indicar onde as pessoas devem sentar.

Deve haver distância de dois metros entre as pessoas, com exceção dos que sejam da mesma família e morem na mesma casa. Não pode haver aglomerações na entrada ou na saída. Também não são permitidas vigílias que possam gerar aglomeração.

Máscaras

Como em todos os lugares públicos e privados de uso coletivo, o uso das máscaras é obrigatório. Também é imperativo higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel ao entrar ou sair dos prédios e casas religiosos. 

Devem ser evitados cumprimentos que envolvam toque físico.

O horário de funcionamento das organizações religiosas é das 6h às 22h. As celebrações podem durar no máximo 60 minutos. Deve haver um intervalo de duas horas entre as celebrações. Nesse período, todo o ambiente deve ser higienizado. O ambiente deve ficar o mais arejado possível. 

As pessoas dos grupos de maior risco ou que tenham sintomas de gripe devem participar apenas virtualmente (online) das celebrações, não podendo estar presentes nos locais físicos. 

Esse grupo inclui pessoas com 60 ou mais anos; que tenham pneumopatias graves ou descompensados; cardiopatias graves ou descompensadas; imunodepressão; doenças renais crônicas; diabetes melitus; obesidade mórbida; doenças cromossômicas com estado de fragilidade imunológica; gestantes.

Devem ser isolados por 14 dias os colaboradores que tiverem sintomas de gripe, testarem positivo para coronavírus ou morarem comprovadamente com pessoas com Covid-19.

Sempre que possível, as celebrações devem ser feitas pela internet. 

Os prefeitos podem editar regras mais rígidas nos municípios, de acordo com a análise da evolução da doença.

TRF-1 manda soltar empresários alvo da Operação Cobiça Fatal

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região mandou soltar o empresário Alexandre Chuairy Cunha e revogou a prisão de João de Deus Souza Lima Júnior.

Ambos foram alvos da Operação Cobiça Fatal deflagrada na terça-feira (9) pela Polícia Federal em São Luís. As prisões foram autorizadas pelo juiz federal Luiz Régis Bomfim Filho, da 1ª Vara Federal da capital Maranhense.

Alexandre e João de Deus são acusados de integrar um esquema de superfaturamento na compra de máscaras feita pela Prefeitura de São Luís.

Segundo a decisão, João Deus não foi encontrado pelos policiais federais no dia da operação, portanto não estava preso. Desse modo, já não fazia mais efeito o mandado de prisão. E Alexandre, que foi localizado, prestou todos esclarecimentos à Autoridade Policial.

Chuairy é o sócio oculto da Precision Soluções, empresa de fachada usada no esquema da Saúde. E João de Deus é o verdadeiro dono da C.J. Comércio, conhecida como Só Saúde.

Por meio das empresas, os dois, em conluio com outros investigados, superfaturam uma compra de máscaras da gestão de Edivaldo Holanda Júnior em R$ 2,3 milhões.

Acesse aqui a decisão.

BRs 135 e 316 serão privatizadas em 2022, no Maranhão

Atoleiro na BR-316: o que a CNT tem a ver com isso?*

O Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) do governo federal, anunciou que deve privatizar em 2022 duas rodovias federais que cortam o Maranhão.

Segundo o colegiado, devem ir a leilão as BR 135 e 316, duas das mais movimentadas que cortam o estado.

O trecho a ser concedido à iniciativa privada é de 438 km e ajudará no escoamento de grãos da região conhecida como Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

Ex-chefe de gabinete da Prefeitura de Barra do Corda preso em esquema de venda de carros roubados

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu nesta quinta-feira (11) o ex-chefe de gabinete da Prefeitura de Barra do Corda, Carlito Santos, acusado de envolvimento com uma quadrilha especializada em compra e venda de veículos roubados.

Carlito é ex-vereador da cidade, e deixou o posto na gestão Eric Costa para tentar retornar à Câmara Municipal nas eleições deste ano.

O filho dele, Kleber dos Santos, que também tinha cargo na Prefeitura e também pode ser candidato, também foi preso.

Segundo a PRF, o crime consistia em adulterar veículos roubados em outra unidade da federação e comercializá-los abaixo do valor de mercado.

Durante a operação foram recuperados três carros, avaliados em R$ 150 mil: um Toyota Corolla Altis, de placas do Distrito Federal, roubado ano passado em Brasília; um Hyundai HB 20 com placas também do DF, roubado em 2020 no município de Novo Gama/Goiás; e um Hyundai HB 20, placas do DF, roubado em Brasília neste ano de 2020.

Do Gilberto Léda

Brasil tem mais de 311 mil pessoas recuperadas do coronavírus

Brasil tem mais de 311 mil pessoas recuperadas do coronavírus

O Brasil registrou, na terça-feira (9), o total de 311.064 casos de pessoas curadas do novo coronavírus (Covid-19). As informações foram atualizadas às 18h45, e repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde de todo o País. O Ministério da Saúde checou e consolidou todos os dados, que já estão publicados nos sistemas oficiais e plataformas da pasta.

Atualmente, o Brasil tem 739.503 casos confirmados e 390.033 pacientes estão em acompanhamento médico. Nas últimas 24h, foram confirmados 32.091 casos novos da doença.

Em relação aos óbitos, são 38.406 confirmações até o momento. Nas últimas 24h, foram registrados 1.272 casos nos sistemas oficiais do Governo do Brasil, sendo que a maior parte aconteceu em outros dias. Do total, 333 óbitos foram confirmados nos últimos três dias e outros 4.155 casos seguem em investigação.

O Governo do Brasil tem se empenhado em auxiliar estados e municípios a prepararem suas estruturas de saúde para lutar contra a pandemia de coronavírus. O objetivo é fortalecer a rede de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) com recursos humanos (médicos e profissionais de saúde), aporte de verbas, envio de insumos, medicamentos, testes diagnósticos e habilitação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para casos graves e gravíssimos, melhorando a capacidade de atendimento e resposta às demandas da população.

Consórcio Nordeste rescinde contrato e dinheiro de respiradores é devolvido

Empresa Pulsar devolver 7,93 milhões de dólares | Foto: Agência Brasil - Foto: Agência Brasil

O valor referente à compra de 750 respiradores adquiridos pelo Consórcio do Nordeste foi devolvido nesta terça-feira (9) pela empresa Pulsar, que não conseguiu cumprir os prazos de entrega exigidos no contrato. Por uma questão de segurança, o presidente do Consórcio, Rui Costa, solicitou a imediata devolução dos recursos quando a empresa não cumpriu o prazo de entrega.  

A decisão já foi informada aos demais governadores e o valor referente a cada Estado já está sendo transferido para as respectivas contas oficiais. O valor total da compra foi de U$ 7.930.000,00. Em episódio recente anterior, o Consórcio denunciou uma fraude na compra de respiradores junto à empresa HampCare, o que resultou na prisão de três envolvidos no esquema. A ação feita pela Secretaria da Segurança da Bahia (SSP).

Para Rodrigo Maia, corte de salários precisa envolver os três Poderes

Presidente da Câmara dos Deputados, dep. Rodrigo Maia, concede entrevista coletiva sobre a atividade legislativa durante a crise causada pelo coronavírus

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, rebateu declaração do presidente Jair Bolsonaro de que aceitaria aumentar o valor do auxílio emergencial pago a trabalhadores informais se deputados e senadores cortarem nos próprios salários. Segundo Maia, o gasto com salários de parlamentares é de R$ 220 milhões anuais brutos e o custo de mais dois meses da renda emergencial é cerca de R$ 100 bilhões. “Acho que a conta está distante”, disse Maia.

Para o presidente da Câmara, não há problemas em discutir uma repactuação dos salários de todos os servidores públicos, mas isso deve envolver, necessariamente, os três Poderes. Ele explicou que, dos R$ 200 bilhões de gastos com salário do funcionalismo público, R$ 170 bilhões são só do Executivo. Maia afirmou que o corte dos salários mais altos por poucos meses para garantir a renda emergencial de R$ 600 está sendo debatida pelo Parlamento, mas ressaltou que a discussão deve envolver tanto o Executivo quanto o Judiciário e o Legislativo.

“Se os três Poderes estiverem de acordo, que não seja um corte muito grande, cortando os salários mais altos por poucos meses, para garantia da renda emergencial, tenho certeza de que o Parlamento está disposto a dialogar e conversar para conseguir fazer o que é fundamental: cuidar dos mais vulneráveis. Temos que construir as condições para continuar transferindo renda”, disse.

Reforma tributária
Rodrigo Maia reafirmou que a Câmara não vai votar nenhum aumento da carga tributária, principalmente após a crise provocada pela pandemia de Covid-19, mas ressaltou que a discussão sobre a renda, no contexto da reforma, é relevante. Ele exemplificou que as deduções no Imposto de Renda da área da saúde geram distorções por concentrar as deduções na mão dos que têm renda mais alta no País.

“Vamos criar um sistema mais simples e vamos avaliar se a tributação sobre o consumo poderá ser maior do que a da renda, porque isso significa que estamos tributando mais a base do que a elite”, disse o presidente.

“Esse debate precisa ser feito. Na reforma da Previdência, quem fez o sacrifício foram os servidores e os trabalhadores. Na administrativa, são os servidores, mas na tributária serão os empresários. Porque, se não estiverem dispostos a contribuir, fica parecendo que vamos colocar todos os sacrifícios no colo dos trabalhadores e dos servidores públicos”, afirmou.

Da Agência Câmara de Notícias

Plenário aprova decretos reconhecendo estado de calamidade pública em mais 14 municípios

Plenário aprova decretos reconhecendo estado de calamidade pública em mais 14 municípios

A Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou, em turno único, na 9ª Sessão Extraordinária com Votação Remota por Videoconferência, realizada nesta terça-feira (9),  Projetos de Decretos Legislativos reconhecendo estado de calamidade pública em mais 14 municípios, em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

Os decretos receberam 33 votos favoráveis e um contrário, de autoria do deputado Dr. Yglésio (Pros). “É preciso averiguar com atenção os casos de alguns municípios onde há poucos casos da doença, o que não justifica o estado de calamidade”, frisou o parlamemtar.

Wellington do Curso (PSDB) votou a favor, mas voltou a chamar a atenção para o controle dos recursos federais, dizendo que devem ser fiscalizados pela Assembleia, pelos órgãos de controle e pelas Câmaras Municipais. “É preciso que a população também fiscalize a aplicação desses recursos. Não podemos admitir que, neste momento de pandemia, haja desvio de dinheiro público”, disse.

O presidente da Assembleia, deputado Othelino Neto (PCdoB), registrou que a preocupação é procedente, mas acrescentou que a aprovação não significa uma autorização para que os municípios gastem os recursos de forma irregular. “Ninguém está dando qualquer permissão para que os municípios venham a aplicar indevidamente esses recursos. Aprovamos aqui levando em consideração a questão da pandemia”, explicou.

O diretor-geral da Mesa Diretora, Bráulio Martins, informou que tem enviado os decretos de reconhecimento de calamidade à Promotoria de Saúde Pública, para acompanhar a aplicação dos recursos.

Pareceres favoráveis

Todos os projetos de Decreto Legislativo já tinham pareceres aprovados pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), reconhecendo estado de calamidade pública em São Pedro da Água Branca, Vila Nova Dos Martírios, São Bento, Gonçalves Dias, Senador La Rocque, Afonso Cunha, Pedro do Rosário, Itapecuru-Mirim, Pastos Bons, Governador Archer, Cedral, Aldeia Altas, Apicum Açu e Governador Eugênio Barros.

O presidente da CCJ, deputado Ricardo Rios (PDT), assinou parte dos pareceres (Vila Nova dos Martírios, São Bento, Gonçalves Dias, Senador La Rocque, Afonso Cunha, Pedro do Rosário e Itapecuru-Mirim). Os demais são de autoria do deputado Rafael Leitoa (PDT).

Motivações legais

Os decretos foram justificados pelos prefeitos mostrando a necessidade da criação do Centro de Operações de Emergência em Saúde, sob a coordenação da Secretaria Municipal de Saúde, tendo em vistas as ações de monitoramento.

De acordo com os prefeitos, compete ao Comitê Municipal de Prevenção e Combate ao Coronavírus e ao Centro de Operações de Emergência em Saúde definir as medidas e estratégias referentes ao enfrentamento da doença, de acordo com a evolução do cenário epidemiológico. Todos decretaram estado de calamidade por 15 dias, podendo este prazo ser prorrogado por até 180 dias.

Partidos terão de devolver mais de R$ 27 milhões aos cofres públicos por irregularidades na aplicação do Fundo Partidário em 2014

Fundo Partidário

O total de 31 dos 32 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2014 terá de devolver aos cofres públicos R$ 27,2 milhões, atualizados e corrigidos monetariamente, por irregularidades na aplicação do Fundo Partidário destinado às legendas para o exercício financeiro daquele ano (R$ 364 milhões). A soma foi apurada a partir das decisões tomadas pelos ministros do Tribunal nas análises das prestações de contas de 2014. Apenas uma foi aprovada, 11 foram aprovadas com ressalvas e 20 foram desaprovadas.

A aprovação com ressalvas ocorre quando são verificadas impropriedades de natureza formal, falhas ou ausências irrelevantes. Já a desaprovação surge quando há irregularidades graves que comprometam as contas; nos casos em que documentos e informações são apresentados parcialmente e de forma que não seja possível atestar a movimentação financeira do órgão partidário; e quando ficar comprovado que a declaração não corresponde à verdade.

No rol de punições aos partidos, a Corte Eleitoral também determinou, para a maioria das legendas, a suspensão do repasse de cotas do Fundo Partidário por períodos que variam conforme o caso.

“Na hipótese do cumprimento das sanções impostas aos partidos, a lei prevê a possibilidade de parcelamento do débito com a União, de modo a garantir o funcionamento do partido”, explica o assessor-chefe de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias do TSE, Eron Pessoa.

Incentivo à participação feminina

Pelo menos 23 partidos deixaram de cumprir a cota mínima de 5% do total de recursos recebidos do Fundo Partidário para programas que incentivem a participação feminina na política, conforme prevê a Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/1995). O montante apurado pelo TSE é de, pelo menos, R$ 5,4 milhões que deveriam ter sido aplicados pelas agremiações.

Conforme prevê a legislação, as siglas que não aplicaram o mínimo necessário devem fazê-lo com o acréscimo de multa de 2,5% em gastos destinados ao incentivo da participação feminina na política.

Eron Pessoa lembra que, “infelizmente, algumas legendas têm descumprido essa regra reiteradamente desde 2009, quando a norma entrou em vigor a partir da edição da reforma eleitoral de 2009 (Lei nº 12.034)”.

Devolução 

As legendas que terão de devolver a maior quantia aos cofres públicos – cerca de R$ 12,1 milhões – são o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Humanista da Solidariedade (PHS) e o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). As três siglas também terão de aplicar recursos na promoção da participação da mulher na política. Só o PT, por exemplo, terá que investir mais de R$ 2,8 milhões.

Em todas as decisões, os partidos deverão devolver os valores com recursos próprios, atualizados e corrigidos monetariamente.

PT

O Plenário julgou desaprovadas as contas do PT em razão de diversas inconsistências na prestação de contas partidária de 2014. As irregularidades somadas a não aplicação dos recursos na promoção da mulher na política (total de R$ 9,8 milhões), correspondem a 16,30% do montante recebido do Fundo Partidário (cerca de R$ 60 milhões). O TSE aplicou ainda ao partido a sanção de suspensão por um mês do recebimento do Fundo. O valor poderá ser parcelado em duas vezes.

PHS

O PHS também teve suas contas desaprovadas. De acordo com a Corte Eleitoral, as irregularidades identificadas na prestação de contas do partido somam 93,3% do total do Fundo Partidário recebido pela legenda naquele ano. O Plenário determinou a devolução de R$ 2.811.213,22 aos cofres públicos, em valores atualizados e com recursos próprios, além da suspensão do recebimento do Fundo por 11 meses, parcelado em 12 vezes.

Entre as irregularidades apontadas, estão contratos com empresas de publicidade e audiovisual sem a devida comprovação de entrega do serviço, como vídeos, fotos ou material confeccionado. Além disso, outras empresas prestaram serviços incompatíveis com sua razão social, o que não é permitido pela legislação eleitoral.

PSDB

No caso do PSDB, os ministros determinaram que o partido devolva a quantia de R$ 2.492.397,38 aos cofres públicos, em razão da aplicação irregular de recursos do Fundo Partidário em 2014, e pelo fato de a legenda não ter convertido em fundação, até janeiro de 2007, o Instituto Teotônio Vilela, conforme estabelece o artigo 1º da Resolução TSE nº 22.121/2005 para essas situações. No julgamento, a Corte determinou ainda a suspensão do repasse de um mês de cotas do Fundo à sigla.

Confira a tabela com o detalhamento das decisões.

TSE suspende análise de duas ações por abuso eleitoral contra chapa Bolsonaro-Mourão

Sessão plenária do TSE

Um pedido de vista apresentado pelo ministro Alexandre de Moraes interrompeu, nesta terça-feira (9), o julgamento, pelo Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de duas ações ajuizadas contra Jair Messias Bolsonaro e Hamilton Martins Mourão, então candidatos aos cargos de presidente e de vice-presidente da República nas Eleições Gerais de 2018.

As duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) em análise foram apresentadas pela coligação Unidos para Transformar o Brasil (Rede/PV) e Maria Osmarina Marina da Silva Vaz de Lima e pela coligação Vamos Sem Medo de Mudar o Brasil (Psol/PCB) e Guilherme Castro Boulos. Ambas apontaram suposto abuso eleitoral e pediram a cassação dos registros de candidatura, dos diplomas ou dos mandatos dos representados, além da declaração de inelegibilidade.

Os autores sustentaram que durante a campanha eleitoral, em setembro de 2018, o grupo virtual “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”, que reunia mais de 2,7 milhões de pessoas, sofreu ataques de hackers que alteraram o conteúdo da página. As interferências atingiram o visual e até mesmo o nome da página, que foi modificado para “Mulheres COM Bolsonaro #17”, e passou a compartilhar mensagens de apoio aos então candidatos e conteúdos ofensivos, bem como excluir participantes que o criticavam.

O julgamento começou em novembro do ano passado, quando o relator e corregedor do TSE, Og Fernandes, votou pela improcedência das Aijes e propôs o arquivamento de ambas. Na ocasião, o ministro Edson Fachin havia pedido vista.

Ao votar na noite desta terça, Fachin divergiu do relator para atender questão preliminar pedida pela defesa e autorizar produção de prova pericial. Para ele, a negativa do relator compromete o exercício do devido processo legal e inibe a realização de perícia técnica para buscar identificar os autores do feito. “O direito da parte à produção probatória é inerente às garantias constitucionais e processuais e não antecipa qualquer juízo sobre o mérito da eventual prova que será produzida”, salientou o ministro.

A divergência aberta por Edson Fachin foi acompanhada pelos ministros Tarcisio Vieira de Carvalho Neto e Carlos Mario Velloso Filho, que também votaram pelo retorno dos processos à fase de instrução, para que as referidas provas sejam colhidas. Segundo os ministros, o procedimento é fundamental para garantir o direito ao contraditório, à ampla defesa e ao devido processo legal. Tarcisio Vieira de Carvalho Neto propôs que a investigação técnica seja conduzida pela Polícia Federal.

O relator, ministro Og Fernandes, voltou a defender sua posição para afastar a realização de perícia pela ausência de elementos probatórios capazes de atestar a autoria dos ilícitos. Ele enfatizou que, mesmo diante da comprovação da invasão da página por provas dos autos e por informações prestadas pelo Facebook Serviços Online do Brasil Ltda., as investigações quanto à sua autoria não foram conclusivas. Além disso, entendeu que a invasão em perfil de rede social perpetrada por menos de 24 horas não teve gravidade capaz de gerar ofensa à normalidade e à legitimidade do pleito.

O ministro Luis Felipe Salomão acompanhou Og Fernandes, mas destacou que, apesar de os autores terem direito à produção de provas, conhecer a autoria do ataque cibernético seria irrelevante porque “é notória no caso em exame a ausência de gravidade, por falta de prejuízo à lisura e à gravidade do pleito”.

“Penso ser de extrema relevância – antecipadamente rogando escusas pela reiteração – deixar sublinhada, uma vez mais, a conduta que se aprecia: a invasão de perfil de página de rede social, por lapso temporal de cerca de 24 horas, sem nenhum elemento capaz de revelar seu efetivo alcance perante o eleitorado (tais como o número de acessos no período ou a repercussão do ato nos meios de comunicação e na internet)”, completou Salomão.

O ministro Alexandre de Moraes pediu vista dos autos para analisar a controvérsia. Ainda falta votar o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso.

Acesse a íntegra do voto-vista do ministro Edson Fachin.

Outras ações

Outras seis Aijes envolvendo a chapa presidencial eleita em 2018 estão em andamento na Corte Eleitoral. Quatro apuram irregularidades na contratação do serviço de disparos em massa de mensagens pelo aplicativo WhatsApp durante a campanha eleitoral. A quinta ação trata da colocação de outdoors em pelo menos 33 municípios de 13 estados e aguarda ser pautada para julgamento. E o último processo, já julgado improcedente e em fase de recurso, apura uso indevido dos meios de comunicação.

O ministro Og Fernandes, que é o relator de todos esses processos, vai analisar nos próximos dias pedido da coligação O Povo Feliz de Novo (PT/PCdoB/Pros) para que sejam juntados, em duas das ações (Aije 0601771-28 e Aije 0601968-80), os dados do inquérito que apura ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Helder Barbalho, governador do Pará, é alvo da PF

PF não descarta busca e apreensão na casa de Helder Barbalho ...

O governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB), é um dos alvos da Operação Bellum, deflagrada pela Polícia Federal para investigar se houve fraude na compra de respiradores pulmonares. Os equipamentos deveriam ser destinados ao atendimento de pacientes com covid-19.

Os policiais cumprem 23 mandados de busca e apreensão no Pará e em outros seis estados. Há buscas nas residências do governador, de sócios da empresa investigada e de servidores suspeitos de participarem de irregularidades, na Casa Civil e nas secretarias de Saúde e Fazenda.

De acordo com a Polícia Federal, a compra de respiradores custou R$ 50,4 milhões aos cofres estaduais. Os produtos, ainda segundo a PF, foram entregues com atraso e fora da especificação original, o que resultou na devolução dos respiradores, pois não funcionam no tratamento da covid-19. São apurados os crimes de fraude à licitação, falsidade documental e ideológica, corrupção ativa, prevaricação e lavagem de dinheiro.

Em nota, o governo do Pará afirmou que apoia a ação da Polícia Federal e que o recurso pago na entrada da compra dos respiradores foi ressarcido aos cofres públicos .

Leia a íntegra da nota

Em nome do respeito ao princípio federativo e do zelo pelo erário público, o Governo do Estado reafirma seu compromisso de sempre apoiar a Polícia Federal no cumprimento de seu papel em sua esfera de ação. Informa ainda que o recurso pago na entrada da compra dos respiradores foi ressarcido aos cofres públicos por ação do Governo do Estado. Além disso, o Governo entrou na justiça com pedido de indenização por danos morais coletivos contra os vendedores dos equipamentos.